quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Espondilite anquilosante: como tratar?

Espondilite anquilosante
Com o passar do tempo, os ossos das vértebras crescem e formam nódulos, fundindo-se uns com outros, causando rigidez e dificuldade de movimentos: o paciente pode ficar tão curvado que fica impossibilitado de olhar para frente (somente para baixo). Ao contrário do que se pode pensar, a doença começa na juventude.
Dor intensa, persistente, insidiosa nas costas por mais de três semanas, que piora quando o paciente está em repouso e melhora durante o dia e com exercícios físicos pode ser um sintoma de espondilite anquilosante, doença inflamatória, autoimune, que se origina nas articulações sacrilíacas e que geralmente surge no final da infância mas se manifesta mais tarde. A causa é ainda desconhecida — pode haver predisposição genética — e não há cura, mas há tratamento. Em caso de dúvida sobre os sintomas deve-se procurar um especialista: quanto mais cedo o diagnóstico, melhores os resultados do tratamento.
Sintomas, Diagnóstico, Tratamento
A espondilite anquilosante é um tipo de artrite que é basicamente caracterizada pela inflamação da espinha e das juntas da espinha. Anquilosante significa “fusão”; “espondilite” significa “inflamação da espinha”. Os primeiros sintomas geralmente incluem dor e rigidez na parte inferior das costas e nádegas, se manifestando de forma gradual. Outros sintomas podem também surgir, tais como perda do apetite, febre moderada e cansaço. À medida que a doença progride, a espinha pode se tornar cronicamente inflamada ou rígida, limitando a motilidade do paciente. A doença em estágio avançado pode levar à formação de um novo osso nas juntas da espinha, deixando-a numa posição fixa. Apesar de a gravidade da doença variar de pessoa para pessoa, alguns pacientes apresentam incapacidade funcional e os pacientes com a doença em gravidade progressiva, podem desenvolver algumas deformidades.
Geralmente, o diagnóstico é feito com base no exame clínico, histórico do paciente e teste de imagem por Raio-X – entretanto, acredita-se que quando o diagnóstico é confirmado por teste de raios-X, a doença já pode ter surgido há cerca de 7 a 10 anos. Não há recuperação da articulação danificada. O tratamento pode incluir anticorpos monoclonais (“medicamentos biológicos”) para o controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida do paciente e cirurgia nos casos mais graves, para reposição do quadril.
Fonte: Zero Hora

Entorse de tornozelo – Diferentes níveis de gravidade


entorse-tornozelo
A entorse de tornozelo é uma torção do pé muito comum. Sendo esta a causa de mais de 85% das lesões no tornozelo. Na maioria dos casos ocorre uma pequena lesão, sem ruptura de ligamentos e com prognóstico terapêutico.
A entorse é muito freqüente em atletas em que o esporte exija movimentos bruscos, de torção e/ou corrida.
As entorses mais comuns são em inversão do pé, que força a articulação para fora. Neste caso, pode haver lesão em algum dos ligamentos que ligam a fíbula aos ossos do pé (talofibular anterior e posterior e calcaneofibular).
Já as entorses em eversão do pé, quando há uma força do pé para dentro, pode-se afetar o ligamento deltóide. Essas lesões são mais raras, devido, principalmente a espessura e resistência desse ligamento. Porém, quando rompido, há uma maior gravidade e aumenta o tempo de recuperação.
Após um entorse os principais sinais de alerta são: dor intensa, perda da propriocepção (sensibilidade ao apoiar o pé), diminuição da movimentação, inchaço e vermelhidão. Estes indicam grave processo inflamatório e um médico deve ser procurado.
A gravidade destes traumas é dividida em três diferentes níveis:
  • Primeiro nível: estiramento dos ligamentos, mas sem ruptura dos mesmos. Pode haver alguma dor e inchaço;
  • Segundo nível: ruptura parcial dos ligamentos e instabilidade articular. Acompanha dor, edema e rigidez articular, de intensidade moderada a severa;
  • Terceiro nível: ligamentos totalmente rompidos e grande instabilidade no pé (falta de “firmeza” ao andar).
Em todos os casos é necessário certo período de repouso, com uso de gelo e compressas. A reabilitação se faz necessária, principalmente nos casos de nível três, cujos exercícios de reabilitação podem envolver movimentos ativos dentro da amplitude de movimento ou movimentos controlados da articulação do tornozelo, sem resistência. Exercícios na água podem ser usados, caso os exercícios de fortalecimento em solo, sejam muito dolorosos. Exercícios de membros inferiores e atividades de endurance são adicionados como tolerado. Propriocepção é muito importante, pois a falta dela é uma das principais causas de repetição da entorse e uma articulação do tornozelo instável. Uma vez que dor cessar, outros exercícios podem ser adicionados, tais como exercícios de agilidade. O objetivo é aumentar a força e amplitude de movimento, com o tempo o equilíbrio melhora.
A terapia manual dos casos de entorse de tornozelo é importante como intervenção precoce para que a reabilitação evite a intervenção cirúrgica.
Via: Blog Fisioterapia Manual.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O Poder do Toque
O ser humano é um ser social e precisa, entre vários fatores para se relacionar, de toque. Ao tocarmos uma pessoa transferimos e recebemos nossas energias. Muita gente não sabe o valor de um bom abraço. É uma necessidade dos seres vivos. Os animais também se tocam e isso faz parte do desenvolvimento motor. Observemos os filhotes, sejam de cães, gatos e etc. Eles rolam, brincam, ensaiam defesas e aguçam instintos. As crianças também brincam, rolam e se comunicam pelos sentidos incluindo o tato, o toque. Experimentos clínicos mostram a diferença de reação à doença quando enfermos são tocados pelos profissionais de saúde. Um simples gesto de acariciar a cabeça de um enfermo já é suficiente para, pelo menos, momentaneamente a pessoa se sentir confortada.
O Toque é uma das necessidades mais básicas do ser humano e ocorre em todas as culturas.Ele pode ser usado como método de comunicação e aprendizado, além de proporcionar conforto e aumento da auto-estima. O toque é necessário para o crescimento, desenvolvimento e função imunológica. A criança que recebe o toque, recebe amor. Além disso, foi comprovado cientificamente que a ausência de toque pode causar barreiras significativas ao desenvolvimento dos seres humanos e dos animais. Seja através de carinho, massagem, abraços ou um simples aperto de mão, o toque está no nosso cotidiano e nem percebemos. 
As crianças costumam explorar os objetos levando os à boca para descobrir sua forma, textura e temperatura. Quando os bebês choram, são confortados ao serem colocados no colo, acariciados e beijados. Esse aspecto reconfortante do toque continua na vida adulta. Os adultos usam o toque para se comunicar, expressar solidariedade. 
Foi talvez uma das primeiras formas de tratamento. Tocar para serenar, tocar para aliviar a dor, tocar para encorajar...
Postado por Letícia Martins de Lima. Blog Fisioterapia Pediátrica.

Musicoterapia e Fisioterapia!
A Musicoterapia objetiva desenvolver potenciais e/ou restabelecer funções do indivíduo para que ele/ela possa alcançar uma melhor integração intra e/ou interpessoal e, conseqüentemente, uma melhor qualidade de vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento.
Muita gente se beneficia com a música. Entre estas estão incluídas pessoas com dificuldades motoras, autistas, pacientes com deficiência mental, paralisia cerebral, dificuldades emocionais, pacientes psiquiátricos, gestantes e idosos. O trabalho musicoterápico pode ser desenvolvido dentro de equipas de saúde multidisciplinares, em conjunto com médicos,fonoaudiólogos, fisioterapeutas e educadores.Também pode ser um processo autônomo realizado em consultório.


O uso da música como método terapêutico vem desde o início da história humana. Alguns dos primeiros registros a esse respeito podem ser encontrados na obra de filósofos gregos pré-socráticos.O processo da musicoterapia pode se desenvolver de acordo com vários métodos. Alguns são receptivos, quando o profissional toca música para o paciente. Este tipo de sessão normalmente se limita a pacientes com grandes dificuldades motoras ou em apenas uma parte do tratamento, com objetivos específicos. Na maior parte dos casos a musicoterapia é ativa, ou seja, o próprio paciente toca os instrumentos musicais, canta, dança ou realiza outras atividades junto com o terapeuta. A forma como o musicoterapeuta interage com os pacientes depende dos objetivos do trabalho e dos métodos que ele utiliza.


"A música atinge em cheio o sistema límbico, região do nosso cérebro responsável pelas emoções, pela motivação e pela afetividade", explica Maristela Smith, coordenadora da Clínica de Musicoterapia das Faculdades Metropolitanas Unidas, em São Paulo.Esse é ponto chave da musicoterapia: um método que usa o passado sonoro para tratar males de todo tipo.

Na fisioterapia infantil a musicoterapia só acrescenta. Um sessão se torna uma "festa" quando se coloca música, ainda mais quando realizada por profissional qualificado. A criança interage muito mais, os objetivos fisioterápicos são alcançados mais rápido, além de proporcionar muito mais prazer. O fato de se colocar música no momento da sessão já modifica o tônus, os batimentos cardíacos, frequência respiratória entre outros parâmetros. Quando a fisioterapia e musicoterapia estão juntas no mesmo momento, quem sai ganhando é o paciente. Os profissionais se sentem realizados por verem seus resultados. E a família certa de que está no caminho correto!


Estudos provam que o cérebro dos músicos tem mais massa cinzenta particularmente nas regiões responsáveis pela audição, visão e controle motor. Mesmo aqueles que não tabalham com a música mas que a tem no seu cotidiano têm estímulos cerebrais bastante intensos nessas áreas. Por esta razão a fisioterapia motora infanti,l que é justamente a busca pelo controle motor e aprimoramento do mesmo, se beneficia tanto da musicoterapia.


Por todas essas razões, a linguagem musical tem sido apontada como importantíssima área de conhecimentos a ser trabalhada na Educação Infantil, ao lado da linguagem oral e escrita, do movimento, das artes visuais, da matemática e das ciências humanas e naturais.
Se preocupe com isso! Observe seu filho. Será que ele está ouvindo música suficiente? Pense no seu paciente. Será que não poderia inserir a música na sessão?

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Fones de ouvido e música alta fazem jovens perder audição cada vez mais cedo, diz especialista

Foto: Daniel Grill/Tetra Images/Corbis
Estudos elaborados por universidades de todo o mundo mostram que a perda de audição tem se tornado cada vez mais comum entre a população jovem. A causa? A poluição sonora das ruas, as vozes e ruídos intensos no trabalho e o mais prejudicial e perigoso: o som alto que sai dos fones de ouvido conectados ao iPod ou aparelho MP3. De acordo com o otorrinolaringologista do Hospital Federal da Lagoa/RJ, Leopoldo Simões, nossos ouvidos são capazes de tolerar, sem danos, no máximo 80 decibéis por até oito horas diárias.  “Ouvir musica com volume muito alto pode ocasionar perda auditiva em virtude de lesão das células responsáveis pela audição localizadas na orelha interna. Com o fone é ainda pior, pois a fonte sonora está mais próxima à parte interior, ao passo que o som ambiente pode se dissipar”, afirma.
Simões diz que a perda auditiva gradual é comum a partir da terceira e quarta décadas da vida, tanto por fatores genéticos quanto ambientais. Com o abuso de tecnologias sonoras, os jovens acabam acelerando esse processo. Em alguns casos, o prejuízo não pode ser recuperado. “A perda de audição pode ser reversível dependendo da causa. O reestabelecimento visa substituir a função  da estrutura acometida, fazendo com que a onda sonora seja transformada em onda elétrica até sua chegada ao córtex cerebral, onde teremos consciência do  som  captado no  ambiente”, explica o médico.
Sejam jovens ou com mais idade, todas as pessoas que trabalham com fones de ouvido – como os atendentes de telemarketing e recepcionistas – devem ficar atentas à saúde auditiva. “Eles  devem fazer rodízio de  orelha  a  cada  45 minutos  ou  hora  de  trabalho, para  descanso alternado.” Também é importante fazer exames de audiometria a cada seis meses ou anualmente, de acordo com o caso, e evitar ambientes com ruídos intensos.
O médico afirma ainda que é comum não perceber a perda de audição imediatamente e que muitas pessoas só descobrem o prejuízo auditivo quando o quadro está mais agravado. “Normalmente quem está começando a perder a audição não se queixa. Mas à medida em que o déficit aumenta, o indivíduo começa a reclamar que as pessoas estão falando baixo e que não consegue entender o que os outros falam. Na realidade, é a audição dele que já está em perda, pelo menos moderada.”. Ao perceber qualquer alteração no ouvido ou na audição, é imprescindível buscar ajuda de um otorrinolaringologista.
Fonte: Larissa Domingues / Agência Saúde

MAIS MÉDICOS

CRMs só podem exigir documentos estabelecidos pela MP do Mais Médicos

Parecer da presidenta Dilma e da AGU define que registro dos médicos estrangeiros deve ser emitido a partir da entrega de diploma, habilitação e declaração de participação no programa
Para emissão de registro profissional aos participantes do Mais Médicos, os conselhos regionais de medicina (CRMs) em todo o Brasil só podem exigir os documentos estabelecidos pela Medida Provisória (MP) 621/2013 que instituiu o programa. Foi o que determinou o parecer 051/2013, assinado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e pelo Advogado-Geral da União, ministro Luís Inácio Adams, publicado nesta segunda-feira (16) no Diário Oficial da União. O parecer tem força de lei, e os conselhos que exigirem documentos extras cometerão ação de improbidade administrativa, estando sujeitos a ações judiciais.
Conselhos de diferentes estados do país estavam exigindo informações extras, tais como: revalidação de diploma, os nomes do tutor e do supervisor e o endereço das Unidades Básicas de Saúde (UBS) onde os profissionais iriam atuar. A medida provisória do Programa Mais Médicos estabelece que os CRMs devem exigir da coordenação do programa a declaração de participação do profissional;  cópia de documentos que comprovem nome, nacionalidade, data e lugar do nascimento, filiação; habilitação profissional para o exercício de Medicina e diploma expedido por instituição de educação superior estrangeira.
Para o ministro Adams, as exigências dos conselhos regionais têm conteúdo político, não jurídico nem técnico. “Esta é uma reação política, corporativa, que não está atenta à necessidade da população brasileira. A finalidade é impedir o andamento do programa. Qualquer negação de registro é descabida, indevida e viola a lei. Não podemos aceitar que o programa seja atacado com medidas postergatórias”, declarou durante coletiva à imprensa na sede do AGU, em Brasília, nesta segunda-feira (16).
“Por conta destas exigências, desde o final de agosto nenhum registro provisório dos 682 médicos participantes do programa foi emitido. E só conseguimos protocolar 624 pedidos de registro”, afirmou o secretário de Gestão da Educação e do Trabalho em Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales.
O ministro Adams afirmou que há por parte dos conselhos tentativa de intimidar os tutores como se eles fossem solidariamente responsáveis pelos atos profissionais dos médicos estrangeiros participantes do programa. “É responsabilidade do médico a prática”, frisou. No entender da AGU, ao exigirem do médico estrangeiro do nome de tutor ou supervisor, os CRMS estão se negando a exercer função que é deles, de fiscalizar a atuação do profissional.“O governo não quer excluir os conselhos do programa, ao contrário, eles são parte essencial deste processo, tem papel de fiscalizar a atuação destes profissionais”, esclareceu.
O parecer publicado nesta segunda-feira (16) também esclarece que os médicos participantes do programa são responsáveis pelos seus atos profissionais, conforme determinação do Código de Ética Médica, o que afasta qualquer responsabilidade subsidiária dos tutores e orientadores do programa. “Os conselhos profissionais são entidades paraestatais, têm competência delegada pelo estado. Não são um estado dentro do estado”, afirmou o ministro Adams.
A norma assinada pela presidenta Dilma estabelece que os conselhos federal e regionais de Medicina são entidades de natureza autárquica e exercem funções delegadas pelo poder público. Dessa forma, estão submetidos aos princípios que regem a administração pública, isto é, não tem governabilidade própria.

UFC abre concurso com 45 vagas em diversas áreas

A Universidade Federal do Ceará (UFC) está com inscrições abertas para concursos visando a contratação de técnicos-administrativos. Ao todo estão sendo ofertadas 45 vagas distribuídas entre funções dos níveis fundamental, médio e superior.
O Edital nº 333/2013 está disponibilizando oito vagas nas seguintes funções: Administrador, Arquivista, Biólogo, Economista, Historiador, Museólogo, Nutricionista e Técnico em Contabilidade. De acordo com o edital, todos os postos correspondem a uma vaga cada e são destinadas a ao Campus de Fortaleza, exceto Administrador e Nutricionista, com lotação no Campus de Crateús.
Clique AQUI para ler o Edital 333/2013
Já o edital de nº 334/2013 seleciona para os seguintes cargos: Engenheiro de Teleinformática, Jornalista – Assessoria de Imprensa, Jornalista – Televisão, Médico – Patologia, Médico Veterinário, Tradutor Intérprete em Língua Inglesa e Fotógrafo. Para essas funções são ofertadas uma vaga para cada cargo.
Técnicos de Laboratório nas habilitações em Teleinformática, Microscopia Eletrônica, Microscopia Óptica, Química e Fertilidade de Solos, Biotério, Movimento Humano, Eletromecânica, Ótica, Telefonia, Física e Química, disporão de onze vagas no total.
Para Tradutor e Intérprete de Linguagem de Sinais, Contramestre/Sistemas Gráficos serão ofertadas um total de 12 vagas. De acordo com o edital, todas as vagas são lotadas no Campus de Fortaleza, exceto os cargos de Técnico de Laboratório em Química e Física, destinados ao Campus de Russas.
Clique AQUI para ler o edital 334/2013.
Para mais informações, ligue para a Divisão de Planejamento e Movimentação de Pessoal da Progep – fone: (85) 3366 7407 ou clique AQUI e acesse o site da Coordenadoria de Concursos.
Via: Blog Sobral em Revista.

sábado, 21 de setembro de 2013

Inacreditáveis 15 centavos por idoso

Inacreditáveis 15 centavos por idoso Inacreditáveis 15 centavos por idoso


É grave a situação de ONGs vítimas do corte de verbas decidido pela presidenta Dilma Rousseff, depois dos escândalos de convênios nos ministérios do Turismo e do Trabalho.
Durante a III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, ontem, em Brasília, a coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, Irmã Terezinha Torteli (uma das principais continuadoras do trabalho de Zilda Arns), fez palestra com um relato da situação da ONG.
De 2005 a 2010, o número de idosos dependentes atendidos em 915 municípios por visitas mensais de voluntários passou de 28 mil para 200 mil.
Nesse período, por um dos oito indicadores aferidos pela Pastoral, as quedas de idosos foram reduzidas em 25%, o que diminui o gasto do governo na área da Saúde.
Mas, como prêmio, a pastoral viu seu repasse de verbas ser reduzido. Hoje, a Pastoral da Pessoa Idosa recebe inacreditáveis 15 centavos por idoso atendido.
Agora a Pastoral viu essa “fortuna” desaparecer.
- Na Pastoral, um tostão vale um mlihão. Estamos sendo punidos porque outros cometeram erros – diz Irmã Terezinha.
Ela percorreu ontem os gabinetes do Ministério da Saúde na esperança de receber R$ 3 milhões que seu convênio lhe da direito ainda em 2011. Mas ouviu que a pasta não tem esse montante para esse fim.
Brasília sedia a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa

Cerca de 900 representantes de todos os estados do Brasil, de 23 a 25 de novembro, participaram da 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, em Brasília.. Assuntos como o envelhecimento com qualidade de vida, os avanços e os próximos desafiosda Política Nacional do Idoso estão sendo debatidos no encontro. Com o tema O Compromisso de Todos por um Envelhecimento Digno no Brasil, a conferência reúne representantes regionais que respondem pelos 21 milhões de idosos em todo o país.
Durante o encontro, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, assinou um termo de cooperação com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) que pretende promover a criação dos Conselhos de Direito dos Idosos e incentivar a implementação de um fundo voltado às políticas públicas para a população com mais de 60 anos. A campanha de valorização à pessoa idosa, com destaque para a divulgação das ações do Disque 100, também foi lançada durante a conferência.
“O Brasil tem avançado muito nos problemas sociais e políticas públicas, não podemos ter nenhum retrocesso com relação ao tratamento dos idosos, quanto mais avançarmos, mais velha a nossa população ficará e é um direito envelhecer com dignidade”, disse a secretária nacional de Promoção dos Direitos Humanos, Nadini Borges. A secretária acrescentou ainda a importância da população idosa para os avanços registrados no país.   “Temos muito agradecer”, disse.
Os representantes elaboram ainda uma carta para ser entregue, no plenário, apresentando problemas específicos de cada região e possíveis soluções por intermédio do governo federal. “Estamos com uma expectativa muito grande com relação à entrega do documento, esperamos melhorias e soluções para os problemas destacados”, disse João Alcântara Teixeira, 68 anos, de Fortaleza (CE).
A primeira Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa ocorreu em 2006 e teve como tema central a discussão Construindo a Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa. A segunda conferência foi realizada em 2009 e teve como tema a Avaliação da Rede Nacional de Proteção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa: Avanços e Desafios.
Blog Cuidar de Idoso.
Fonte: http://colunistas.ig.com.br/poderonline/tag/iii-conferencia-nacional-dos-direitos-da-pessoa-idosa/
- See more at: http://www.cuidardeidosos.com.br/inacreditaveis-15-centavos/#sthash.fUPqBorA.dpuf

domingo, 15 de setembro de 2013

Atuação da fisioterapia em cirurgias tóraco pulmonares


O câncer de pulmão é uma das neoplasias mais freqüentes em todo o mundo, com altos índices de incidência e mortalidade, sendo no Brasil a segunda neoplasia maligna mais comum tanto nos homens quanto nas mulheres. 

O principal agente envolvido na gênese deste tipo de tumor é o tabaco, sendo que 90% de todas as mortes por câncer de pulmão estão associadas ao tabagismo 

A ressecção cirúrgica recomendada para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão consiste em lobectomia ou pneumectomia associada à linfadenectomia mediastinal. Ressecções menores (segmentectomia ou ressecção em cunha) devem ser reservadas para os pacientes com baixa reserva funcional cardiopulmonar. 

As cirurgias para ressecção de neoplasias malignas dos pulmões são procedimentos de grande porte e em população de pacientes de risco (idade, tabagismo, comorbidades), por isso as taxas de morbidade chegam a cerca de 30% e a de mortalidade varia de 3% a 6%. 

A avaliação da condição cardiopulmonar é fundamental para selecionar os pacientes aptos para este tipo de cirurgia, e em cerca de 20% dos casos a cirurgia chega a ser contra-indicada devido à falta de condição cardiopulmonar adequada para aguentar uma lobectomia ou pneumectomia. 

A presença da dor em incisões abdominais e torácicas, depressão do centro respiratório por uso de anestesias e analgésicos; e paralisia temporária dos músculos respiratórios durante a cirurgia torácica causam grandes alterações nos volumes e capacidades respiratórias. Essas alterações são fatores que predispoem à algumas complicações respiratórias. 

As principais complicações pós-operatórias são a exacerbação do DPOC ( doença pulmonar obstrutiva crônica), broncoespasmo que é a chiadeira no pulmão, pneumonia (infecção pulmonar) e atelectasia ( fechamento de partes ou do pulmão como um todo) que podem levar à insuficiência respiratória com necessidade de ventilação mecânica artificial. 

Outras complicações incluem derrame pleural (acúmulo de líquido no espaço pleural) fístula aérea, que é um escape de ar pela pleura (membrana que reveste o pulmão), embolia pulmonar, ou até mesmo síndrome da Angústia Respiratória do Adulto (SARA) que é caracterizada por uma lesão alveolar difusa e irregular que acarreta uma insuficiência respiratória grave. 

As complicações cardíacas podem incluir arritmia cardíaca ou infarto agudo do miocárdio. 

Uma rigorosa avaliação pré-operatória, principalmente da função cardiopulmonar, é de fundamental importância para identificar e modificar características determinantes de maior risco e conseqüentemente diminuírem a taxa de complicações no pós-operatório. 

Além da adequada avaliação da condição funcional pulmonar,algumas medidas adotadas no pré-operatório são recomendadas com a finalidade de reduzir os riscos de complicações. 

A principal delas consiste em se manter a função ventilatória o melhor possível. E é aqui que entram os fisioterapeutas. 

A fisioterapia respiratória pode ser feita antes e depois da cirurgia. 

Já é comprovado cientificamente o efeito terapêutico da fisioterapia respiratória, principalmente no efeito reexpansivo do pulmão e de higiene bronquica. 

A intervenção fisioterápica tanto pré quanto pós-operatória hospitalar auxilia a manter os pulmões bem ventilados, auxilia na remoção de secreções prevenindo pneumonias, propiciando assim uma recuperação em um menor tempo. 

Se a dor pós operatória for intensa, a fisioterapia também dispõe de técnicas de relaxamento e a eletroterapia pode ser considerada para analgesia. 

Em uma fase mais tardia, já de alta do hospital, é recomendado a Reabilitação Pulmonar, onde exercícios para os membros, exercícios aeróbicos e ventilatórios ajudam o paciente a adequar-se a sua nova função pulmonar. 

Jaqueline Munaretto Timm Baiocchi
Especialista em Fisioterapia Onco-funcional pela ABFO-COFFITO
Especialista em Fisioterapia Oncológica e Hospitalar pela FAP- Hospital do Câncer A.C Camargo
Formação Internacional pelo Método Vodder –EUA
Especialista em linfoterapia
Especialista em Saúde da Mulher pela FSP-USP
Especialista em Acupuntura pelo CBES
Especialista em Fisioterapia Respiratória e UTI pela FAP- Hospital do Câncer A.C. Camargo
Fisioterapeuta coordenadora do Oncofisio

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Oportunidade de Trabalho

O Serviço de Recursos Humanos da Santa Casa de Misericórdia de Sobral está selecionando para contratação, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem.
As inscrições são gratuitas, e os interessados deverão enviar currículos até o dia 17 de setembro de 2013, online, através do e-mail institucional rh@stacasa.com.br, enviando o título da vaga.
Os candidatos receberão um e-mail de confirmação de inscrição que deverá ser entregue na primeira fase da seleção.
O processo seletivo estará aberto a candidatos, com idade mínima de 18 anos, que estejam inscritos e regulares com o Conselho Regional de Enfermagem – COREN.
Via Blog: Sobral em Revista.

Novo superintendente da Santa Casa de Sobral já teve problemas com a justiça acusado de desviar R$ 1,8 milhão

Chamou bastante a atenção do blogueiro, o nome do novo superintendente da Santa Casa de Sobral, Dr. Ivá da Paz Monteiro. Nome familiar, mas que não recordava de onde. Querendo saber, fui ao Google. Ao digitar seu nome deparo-me com uma matéria do Blog O Nocaute, escrito pelo radialista Irapuan Monteiro.
Ivá da Paz Monteiro é um ex-vereador de Fortaleza, que teve problemas com a Justiça, acusado pelo desvio de R$ 1,8 milhão da Secretaria de Educação do Estado, apontado por duas comissões parlamentares de inquérito. A maracutaia aconteceu quando Ivá dirigia uma entidade de escolas particulares.
Eis um trecho da matéria do jornal Diário do Nordeste, de 5 de março de 2002, que trata do caso:
O Tribunal de Contas do Estado – TEC decidiu, mais uma vez, pedir novos esclarecimentos sobre o processo de denúncia contra o convênio de 1996, sem licitação, entre a secretaria de Educação e a Copece para fornecimento de bolsas de estudo nas escolas particulares. O processo é de 1997 e o TCE está tentando quantificar o prejuízo que o ex-vereador, Ivá da Paz Monteiro, teria dado ao Estado.”
Quem é Iva Monteiro
Cearense natural de Itapajé, IVÁ DA PAZ MONTEIRO, 50 anos Ex-Seminárista; Professor ( graduado em padagogia e direito); Diretor Proprietário do Colégio São Paulo, Ex-presidente do sindicato das escolas particulares do Ceará (3 mandatos); Ex-Vereador de Fortaleza; Cronista esportivo.

OBS: O texto acima foi escrito pelo próprio Ivá Monteiro, em um Blog que mantinha no ano de 2008. Para ver também, cliqueAQUI
A Opinião do Blogueiro
Será que em Sobral, cidade com mais de 200 mil habitantes, não há pessoas habilitadas, com competência e credibilidade para administrar a Santa Casa? De quem foi à indicação dos novos gestores? Será que não tiveram o cuidado de pesquisar o currículo dos novos diretores? Ficam as perguntas. Aguardam-se as respostas.
Via Blog: Sobral em Revista.

sábado, 7 de setembro de 2013

Entorse do Tornozelo e Instabilidade Ligamentar


O que é a entorse do tornozelo ?
A entorse do tornozelo é a lesão ligamentar mais comum em esportistas. Também pode ocorrer durante a atividade de andar, correr ou saltar. Representa 25 % de todas as queixas ortopédicas, ocorrendo uma lesão por dia para cada 10.000 pessoas, isto é, 18.000 entorses por dia ou 750 entorses por hora no Brasil.
O movimento forçado do tornozelo e do pé para dentro, em direção à linha média do corpo, ultrapassando o limite de resistência dos ligamentos, resulta em danos a estas estruturas. Cerca de 90% das lesões ocorrem desta maneira, pela inversão forçada do tornozelo.
               
A lesão mais comum é a ruptura parcial ou total dos ligamentos e da cápsula articular lateral do tornozelo, o chamado complexo ligamentar lateral.
A estrutura mais frágil e mais freqüentemente lesada é o ligamento talofibular anterior (LTFA).
Quais os ligamentos e estruturas estão envolvidos na entorse do tornozelo ?
O tornozelo é uma estrutura que deve ser estável e ao mesmo tempo flexível para permitir que os movimentos do pé sejam precisos e tenham força suficiente para impulsionar o corpo e absorver os impactos contra o solo.
A sua configuração óssea lembra uma pinça, onde o tálus encaixa-se entre a fíbula e a tíbia e é envolto por uma cápsula espessa e dois complexos ligamentares, um lateral e outro medial.
Existem três ligamentos que formam o complexo ligamentar lateral do tornozelo. O ligamento talofibular anterior, o calcâneofibular e o talofibular posterior. Os mais importantes e envolvidos na entorse são os ligamentos talofibular anterior (LTFA) e ligamento calcâneofibular (LCF). Raramente ocorre ruptura do ligamento talofibular posterior (LTFP).
O complexo ligamentar medial é formado pelo ligamento deltóide, que possui duas camadas, uma superficial e uma profunda.

Outras estruturas estão presentes e fazem parte da estabilização do tornozelo, mas são mais raramente acometidas. São elas: os ligamentos tibiofibular anterior e posterior, o retináculo inferior, o ligamento cervical e o ligamento talocalcaneano.
O que pode ser lesado em uma entorse do tornozelo ?
O mesmo mecanismo de torção e as forças envolvidas em uma entorse podem produzir uma fratura do tornozelo ou lesões da cartilagem de revestimento da articulação.
O hematoma (sangramento) e edema (inchaço) são comuns depois de qualquer entorse.
Quando ocorre sangramento dentro da articulação (derrame articular), isto pode levar à inflamação crônica dos tecidos moles do tornozelo e é conhecida como sinovite.
Além disso, a lesão da parede interna da cápsula articular pode formar uma cicatriz que permanece no interior da articulação do tornozelo e pode interpor-se entre os ossos, causando dor e sensação de instabilidade.
Mais raramente, uma lesão dos tendões fibulares pode ocasionar o deslocamento de sua posição normal atrás da fíbula, uma condição conhecida como subluxação dos tendões fibulares.
Lesões nervosas não são comuns, mas pode-se observar certo formigamento e perda da sensibilidade na porção lateral do pé (parestesia) por estiramento do nervo fibular superficial. Essa perda da sensibilidade é rara e normalmente é transitória.
Quais sintomas após uma entorse de tornozelo ?
Os sintomas iniciais são: dor, inchaço e hematoma, que podem afetar os dois lados da articulação, dependendo das estruturas acometidas.
A dor intensa ao toque e a impossibilidade de firmar o pé no chão ou de apoiar o peso depois de uma entorse, requer uma avaliação médica imediata e exames de raio X.
Cerca de 80 % das lesões evoluem com resultados satisfatórios após tratamento conservador, porém, 20 % dos pacientes referem dor residual e lesões associadas que impossibilitam suas atividades normais diárias.
Esses sintomas residuais e a dor crônica após a lesão ligamentar do tornozelo representam grandes dificuldades e um desafio para qualquer ortopedista.
Como é feito o diagnóstico de uma entorse de tornozelo ?
O diagnóstico baseia-se no relato da história do paciente, no exame físico, nos sinais e sintomas encontrados e pelo estudo radiológico do pé e tornozelo.
No exame físico, a palpação é importante para localizarmos pontos dolorosos e avaliar a extensão das lesões. Existem testes que podem auxiliar na classificação, indicar a presença de instabilidade ligamentar e de lesões associadas.
Também é importante excluir possíveis fraturas com o exame de raio X, principalmente se há dor intensa e impossibilidade de apoiar o pé no solo.
Como são classificadas as entorses do tornozelo ?
Considerando as lesões ligamentares do complexo lateral, podemos classificá-las em três graus.
Grau 1 (Lesão leve) – Estiramento e ruptura de algumas fibras internas dos ligamentos
Dor e inchaço discreto. Tornozelo estável mecanicamente
Grau 2 (Lesão Moderada) – Ruptura parcial dos ligamentos
Dor, hematoma e inchaço. Tornozelo com certa instabilidade anterior
Grau 3 (Lesão Grave) – Ruptura completa dos ligamentos
Dor intensa, hematoma e grande inchaço. Tornozelo instável e com incapacidade funcional
Como é o tratamento para a entorse do tornozelo ?
A metodologia de tratamento das entorses ainda é um assunto bastante discutido e não totalmente estabelecido.
Uma abordagem prática é o tratamento das lesões ligamentares laterais baseado na classificação utilizando-se a reabilitação funcional:

Entorses Grau 1:
Pode-se utilizar tala gessada, bota imobilizadora ou imobilizador tipo “air-cast” por 1 ou 2 semanas. Lesões leves podem ser tratadas funcionalmente com imobilização elástica. Indica-se repouso, uso de gelo, antiinflamatórios e elevação do membro para aliviar os sintomas. A fisioterapia acelera areabilitação a partir da 2ª ou 3ª semana após a lesão.

Entorses Grau 2:
Tratamento semelhante ao grau 1 com prolongamento do tempo de imobilização por até 3 semanas. O período de cicatrização, de recuperação e de reabilitação é mais prolongado. A fisioterapia tem papel importante para o completo resultado funcional.

Entorses Grau 3:
O tempo de imobilização pode chegar até 4 semanas. O período de cicatrização, de recuperação e reabilitação é longo. Existe maior possibilidade de ocorrer lesões associadas e complicações com sintomas residuais tardios.
O tratamento cirúrgico é reservado para casos selecionados em atletas e lesões com grande instabilidade e abertura da pinça articular.
Como é a reabilitação funcional após entorse de tornozelo ?
A reabilitação funcional é um programa supervisionado com três fases básicas de tratamento.
1ª Fase – Repouso, elevação do tornozelo, gelo, antiinflamatório e imobilização, se possível tipo “air-cast” ou bota imobilizadora. Esta fase dura até a melhora da dor e do inchaço, geralmente 1 ou 2 semanas.
                
2ª Fase – Fisioterapia motora supervisionada para melhorar o movimento do tornozelo, aumentar a força e a estabilidade dos músculos. Nesta fase inicia-se o apoio e o treino de marcha. Métodos analgésicos podem ser usados concomitantemente.
           
3ª Fase – Intensifica-se o treino de força e de propriocepção. Se o paciente sentir-se seguro e confiante é realizada a reintrodução das atividades laborais e desportivas.
            
O que é esperado após a entorse de tornozelo ?
Em seis semanas após entorse de tornozelo deve-se esperar 90% de bons resultados e o retorno a um bom nível de função. No entanto, é possível que existam alguns sintomas residuais de dor ou instabilidade da articulação do tornozelo.
Mesmo após seis meses há ainda uma chance de 20 a 30 % dos pacientes sofrerem com algum grau de desconforto ou leve instabilidade da articulação.
Como é a avaliação dos sintomas tardios ?
A avaliação dos sintomas residuais (dor, inchaço e instabilidade) após três meses de entorse do tornozelo, com tratamento e reabilitação adequados, é feita através da avaliação da queixa do paciente, do exame físico e da realização do exame de ressonância nuclear magnética.
Este exame auxilia no diagnóstico de defeitos da cartilagem articular (lesões osteocondrais), aderências e cicatrizes internas dolorosas e inflamadas como sendo a fonte dos sintomas tardios.
A sinovite, a lesão meniscóide e as lesões de cartilagem são as causas mais comuns de dor crônica após entorses de tornozelo.
A instabilidade crônica ocasiona entorses de repetição do tornozelo, em intervalos variados e de diferentes graus, ocorrendo mesmo em terrenos planos e não necessariamente associada à prática de esporte.
Como é feito o tratamento das lesões tardias ?
A instabilidade após o entorse (entorses de repetição) é uma queixa muito comum após o tratamento da lesão ligamentar.
Normalmente está associada à falta de reabilitação, como reforço muscular e melhora da propriocepção. A propriocepção é a capacidade de resposta muscular automática que auxilia no equilíbrio e na estabilidade da articulação. Ela ajuda a evitar ou conter o estiramento e a ruptura ligamentar do tornozelo durante o mecanismo de entorse. Por isso, deve ser trabalhada e estimulada após qualquer lesão ligamentar, pois há uma perda importante desse mecanismo de proteção.
A correção dos déficits de força, flexibilidade e propriocepção são suficientes, na maioria das vezes, para estabilizar e evitar as entorses de repetição.
O tratamento cirúrgico da instabilidade é indicado quando não houve melhora com a reabilitação motora. Pacientes jovens, atletas ou com grande atividade física diária podem se beneficiar com o reparo e o retencionamento dos ligamentos laterais.
A técnica mais comumente empregada é chamada de Bröstrom Modificada, onde os ligamentos lesionados são retencionados e reinseridos ao osso, juntamente com um reforço do retináculo (banda ligamentar que segura os tendões).
A sinovite crônica, a lesão meniscóide e as lesões de cartilagem – lesões condrais – sintomáticas podem ser tratadas atualmente através da realização da artroscopia do tornozelo, uma técnica minimamente invasiva que permite avaliar a articulação internamente e tratar as lesões utilizando câmera de vídeo e instrumentos específicos (ver “Artroscopia do Tornozelo”)
Dr. Silvio Maffi
Fisioterapia no Câncer de Mama
Via: oncofisio


A fisioterapia desempenha um papel imprescindível na abordagem das pacientes mastectomizadas. Independente do tipo de cirurgia de mama, a fisioterapia precoce tem como objetivos prevenir complicações, promover adequada recuperação funcional e conseqüentemente, propiciar melhor qualidade de vida às mulheres submetidas à cirurgia para tratamento de câncer de mama 

O programa de fisioterapia deve ser realizado em todas as fases do câncer da mama: pré-tratamento (diagnóstico e avaliação); durante o tratamento (quimioterapia, radioterapia, cirurgia, e hormonioterapia); após o tratamento (período de seguimento); na recidiva da doença e nos cuidados paliativos. Em cada uma dessas fases, é necessário conhecer e identificar as necessidades do paciente, os sintomas e suas causas e o impacto desses nas atividades de vida diária. 

Deve ser instituído tratamento fisioterapêutico sempre que necessário, visando minimizar e prevenir as possíveis seqüelas. 

Pré operatório 

A atuação do fisioterapeuta pode ser iniciada no pré-operatório, objetivando conhecer as alterações pré-existentes e identificar os possíveis fatores de risco para as complicações pós-operatórias. Nesse momento as pacientes tem oportunidade de falar sobre suas ansiedades, tirar duvidas sobre curativos, pontos e movimentação do braço. Ainda no pré operatório, a notícia sobre a doença e intervenção cirúrgica, leva à paciente insconscientemente adotar posturas de tensão muscular na região do pescoço e ombros. Por isso nessa fase já é importante que o fisioterapeuta avalie a presença de alterações posturais e tensionais, avalie a força muscular dos braços e sua amplitude de movimento e oriente a paciente como será o acompanhamento no pós operatório e as possíveis complicações. 

Pós operatório 

O pós operatório é marcado por dificuldade na movimentação do braço e do ombro e por dor. A paciente terá dificuldade de encostar a mão na nuca, vestir suas blusas, escovar os cabelos, abotoar o sutiã. Essa limitação é causada pela dor ocasionada devido à tração da pele e dos músculos da axila, do tórax e do braço e devido à manipulação cirúrgica. Poderão aparecer sensações de peso nos braços, formigamento, queimação ou dormência. 

O objetivo da fisioterapia é restabelecer brevemente a função de braço, prevenir complicações respiratórias, diminuir a dor e prevenir a formação de linfedema, cicatrizes, fibroses e aderências. Para isto você deve seguir corretamente as orientações fornecidas pelo seu fisioterapeuta e realizar os exercícios propostos por ele. 

O pós-operatório imediato é o período logo após o término da cirurgia, nessa fase objetiva-se identificar alterações neurológicas ocorridas durante o ato operatório, presença de sintomatologias álgicas, edema precoce e alterações na dinâmica respiratória. O fisioterapeuta irá orientá-la a posicionar o braço na cama com o auxílio de travesseiros e já iniciam-se alguns exercícios leves para o braço e exercícios respiratórios. Nessa fase os exercícios respiratórios são muito importantes, eles te ajudarão a recuperar a função pulmonar e prevenir complicações respiratórias. Nessa fase ainda, o fisioterapeuta lhe ensinará a fazer a automassagem, que é uma drenagem linfatica que você mesmo fará no seu corpo e ajudará a prevenir a presença de inchaço no braço. 

Até o 15º dia após a cirurgia, provavelmente você ainda estará com o dreno aspirativo e com os pontos, portanto você não deve levantar o braço acima de 90º para que a ferida operatória não abra. Se não houver complicações pós operatórias em alguns dias você estará de alta hospitalar, e irá para casa com os pontos e com os drenos, não se esqueça que os cuidados e a automassagem devem continuar sendo feitos em casa.

Após o 15º dia de operação, sem complicações pós operatórias, serão retirados alguns pontos e o dreno. A movimentação total dos braços agora será liberada. Essa é a fase em que você será encaminhada para o consultório de fisioterapia. Alguns lugares oferecem tratamento em grupo. Serão realizados exercícios de alongamento, exercícios para ganho de força muscular e amplitude de movimento e técnicas de drenagem linfática. 

A reabilitação precoce pós mastectomia proporciona ganhos na movimentação do braço, previne aderências e deformidades. O breve restabelecimento funcional do ombro e braço darão condições para você prosseguir com o seu tratamento. 

Jaqueline Munaretto Timm Baiocchi
Especialista em Fisioterapia Onco-funcional pela ABFO-COFFITO
Especialista em Fisioterapia Oncológica e Hospitalar pela FAP- Hospital do Câncer A.C Camargo
Formação Internacional pelo Método Vodder –EUA
Especialista em linfoterapia
Especialista em Saúde da Mulher pela FSP-USP
Especialista em Acupuntura pelo CBES
Especialista em Fisioterapia Respiratória e UTI pela FAP- Hospital do Câncer A.C. Camargo
Fisioterapeuta coordenadora do Oncofisio

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR (DTM) E DOR FACIAL
Disfunções têmporo-mandibulares no sentido amplo é uma afecção resultante do funcionamento anormal da musculatura mastigação, da articulação têmporo-mandibular (ATM), estruturas associadas ou ambas na região buço-facial ou cervical.
Ela pode promover dores de cabeça ou pescoço, ruídos articulares (estalos), zumbidos ou plenitude no ouvido, travamento ao abrir ou fechar a boca, limitação de abertura bucal, desgaste nos dentes e dificuldades na mastigação. Pode modificar características psicossomáticas do indivíduo reduzindo a sua qualidade de vida.
Considerações gerais
A DTM está relacionada principalmente a hábitos parafuncionais como o apertamento e/ou rangido dental, traumas na cabeça ou pescoço, má-postura, mordida instável, má-oclusão e stress emocional. A etiologia das DTM é multifatorial incluindo a oclusão bucal, disfunções da articulação, fatores neuromusculares e psicogênicos. Logo é importante identificar quais os fatores envolvidos em cada paciente, devendo estar em mente que a articulação temporo-mandibular uma articulação complexa, com várias estruturas que podem desencadear a dor. Assim o atendimento dessa afecção por uma equipe multiprofissional, que inclua médico, dentista, fisioterapeuta, psicólogo e fonoaudiólogo. As DTM são consideradas na atualidade um sub-grupo de disfunções músculo esqueléticas, tendo afecções reumatológicas entre as suas causas.
Aspectos envolvidos
Trauma: microtraumas causados por lesões pequenas e repetitivas devido a contatos oclusais instáveis; entretanto também ocorrem macrotraumas devido a lesões da coluna cervical (hiperextensão e flexão), golpes na mandíbula e na face. É importante salientar que determinados procedimentos que requerem grande esforço na extensão dos ligamentos e da cápsula articular durante uma cirurgia bucal prolongada, intubação orotraqueal (anestesia geral), são responsáveis por 30% dos casos de DTM. Nem todos os pacientes que sofrem um trauma na coluna cervical apresentam complicações importantes na ATM, porém outros que sofreram lesões mínimas negligenciadas na articulação devido a fortes sintomas cervicais podam desenvolver desordens pós-traumáticas ou ainda cefaléia crônica. Saúde geral: estudos recentes relataram que pacientes com DTM apresentam queixas clínicas mais exuberantes e utiliza maior quantidade de medicamentos. Estatísticas mostram que 66% dos indivíduos com cefaléia recorrente apresentam um tipo miogênico ou artrogêno de DTM, sendo que na maioria dos pacientes a busca da cura sempre foi à cefaléia e não a ATM, ou seja, curar os sintomas e não a causa. Doenças reumáticas: estas podem acometer as ATM e entre as mesmas temos a artrite reumatóide do adulto e juvenil, fibromialgia, dor miofascial, osteoartrose etc... Fatores psicológicos: aspectos comportamentais são fortemente associados a DTM predispondo e mantendo os sintomas. Não existe descrição de uma “personalidade das DTM”, porém o componente psicológico associado é parte importante da abordagem multiprofissional, sendo essencial ao seu tratamento. A maioria dos pacientes com DTM tem maior ansiedade e depressão, portanto possuem uma personalidade mais vulnerável ao estresse. A combinação de disfunções musculares e articulares freqüentemente está presente no paciente com DTM. Os fatores neuromusculares, anatômicos e comportamentais atuam em conjunto para o desenvolvimento destes distúrbios mastigatórios.
Diagnóstico
O diagnóstico das DTMS é basicamente clínico e, requer serem levados em consideração três fatores predisponentes:  Sistêmicos: personalidade e comportamento  Estruturais: discrepâncias faciais, de oclusão, tratamento dentário e estruturas articulares inadequadas.  Traumáticos: micro e macrotraumas e ainda devido a sobrecarga articular (hábitos parafuncionais). Entre os fatores que promovem a manutenção do quadro doloroso temos as tensões mecânicas e musculares, distúrbios metabólicos e principalmente as dificuldades sócio-emocionais. É realizado com base na história clínica, antecedentes pessoais, exame clínico geral e do aparelho locomotor bem como a avaliação da ATM, sendo em alguns casos realizados exames subsidiários como: radiografias, tomografias computadorizadas, ressonância magnética além da eletromiografia dos músculos da mastigação.
Tratamento
É bastante conservador e deverá ser personalizado, com condutas específicas para cada paciente. A maioria dos casos é tratada pela promoção do repouso do sistema através de placas estabilizadoras oclusais, medicamentos, dietas específicas, exercícios fisioterápicos, compressas, técnicas de relaxamento, além da aquisição de hábitos saudáveis. Em alguns casos, utilizados o laser e o tens como terapia auxiliar. A intervenção cirúrgica necessária em raríssimos casos.
fonte:http://www.portaldacoluna.com.br/conteudo.asp?IdMenu=10

Artrite Reumatóide


O que é?
A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica que pode afetar várias articulações. A causa é desconhecida e acomete as mulheres duas vezes mais do que os homens. Inicia-se geralmente entre 30 e 40 anos e sua incidência aumenta com a idade.
Quais são os sintomas?
Os sintomas mais comuns são os da artrite (dor, edema, calor e vermelhidão) em qualquer articulação do corpo sobretudo mãos e punhos. O comprometimento da coluna lombar e dorsal é raro mas a coluna cervical é frequentemente envolvida. As articulações inflamadas provocam rigidez matinal, fadiga e com a progressão da doença, há destruição da cartilagem articular e os pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional. As deformidades mais comuns ocorrem em articulações periféricas como os dedos em pescoço de cisne, dedos em botoeira, desvio ulnar e hálux valgo (joanete).
Além das articulações outros podem ser acometidos?
Sim, porém menos comumente outros órgãos ou tecidos como a pele, unhas, músculos, rins, coração, pulmão, sistema nervoso, olhos e sangue podem apresentar alterações. A chamada Síndrome de Felty (aumento do baço, dos gânglios linfáticos e queda dos glóbulos brancos em paciente com a forma crônica da AR) também pode ocorrer.
Como é feito o diagnóstico?
Segundo o  Colégio Americano de Reumatologia  o diagnóstico de artrite reumatóide é feito quando pelo menos 4 dos seguintes critérios estão presentes por pelo menos 6 semanas:
     1. Rigidez articular matinal durando pelo menos 1 hora
     2. Artrite em pelo menos três áreas articulares 
     3.Artrite de articulações das mãos: punhos, interfalangeanas proximais (articulação do meio dos dedos) e metacarpofalangeanas (entre os dedos e mão)
     4. Artrite simétrica (por exemplo no punho esquerdo e no direito)
     5. Presença de nódulos reumatóides
     6. Presença de Fator Reumatóide no sangue
     7. Alterações radiográficas: erosões articulares ou descalcificações localizadas em radiografias de mãos e punhos.

O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais para o controle da atividade da doença, prevenção da incapacidade funcional e lesão articular e o retorno ao estilo de vida normal do paciente o mais rapidamente possível.
Quais os exames devem ser feitos?
Apenas o médico especialista pode avaliar quais exames devem ser solicitados a cada paciente. Na avaliação laboratorial o fator reumatóide pode ser encontrado em cerca de 75% dos casos já no início da doença. Anticorpos contra filagrina/profilagrina e anticorpos contra peptídio citrulinado cíclico (PCC) são encontrados nas fases mais precoces da doença mas apresentam um custo maior. As provas de atividade inflamatória como o VHS e a proteína C reativa correlacionam-se com a atividade da doença. Exames de imagem como radiografias, ultrassonografias, tomografias, ressonância, etc podem ser solicitados pelo médico reumatologista após a avaliação de cada quadro clínico individualmente.
Como é o tratamento?
O tratamento medicamentoso vai variar de acordo com o estágio da doença, sua atividade e gravidade, devendo ser mais agressivo quanto mais agressiva for a doença. Os antiinflamatórios são a base do tratamento seguidos de corticóides para as fases agudas e drogas modificadoras do curso da doença, a maior parte delas imunossupressoras. Mais recentemente os agentes imunobiológicos passaram a compor as opções terapêuticas. O tratamento com antiinflamatórios deve ser mantido enquanto se observar sinais inflamatórios ou o paciente apresentar dores articulares. O uso de drogas modificadoras do curso da doença deve ser mantido indefinidamente. O tratamento medicamentoso é sempre individualizado e modificado conforme a resposta de cada doente. Em alguns pacientes há indicação de tratamento cirúrgico, dentre eles cita-se a sinovectomia para sinovite persistente e resistente ao tratamento conservador, artrodese, artroplastias totais, etc.
Fisioterapia e terapia ocupacional contribuem para que o paciente possa continuar a exercer as atividades da vida diária. A proteção articular deve garantir o fortalecimento da musculatura periarticular e adequado programa de flexibilidade, evitando o excesso de movimento.  O condicionamento físico, envolvendo atividade aeróbica, exercícios resistidos, alongamento e relaxamento, deve ser estimulado observando-se os critérios de tolerância de cada paciente.
 E o acompanhamento médico?
Na artrite reumatóide, assim como em várias outras doenças reumáticas crônicas, o seguimento pelo médico reumatologista é imprescindível e deve ser contínuo. Os intervalos entre as consultas variam de paciente para paciente. Em alguns casos avaliações mensais são necessárias enquanto em outros casos, com doenças de menor gravidade ou controladas, intervalos maiores entre as consultas podem ser estabelecidos.  Exames de acompanhamento são feitos com freqüência para avaliar a atividade da doença e efeitos colaterais das medicações. Apenas o médico pode diminuir ou aumentar a dose das medicações, modificar o tratamento quando necessário ou indicar a terapia de reabilitação mas adequada a cada caso.
Atualizado em julho de 2008.
Fonte: Sociedade Brasileira de Reumatologia, acessado em: 4/9/13.