quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Entorse de tornozelo – Diferentes níveis de gravidade
A entorse de tornozelo é uma
torção do pé muito comum. Sendo esta a causa de mais de 85% das lesões
no tornozelo. Na maioria dos casos ocorre uma pequena lesão, sem ruptura
de ligamentos e com prognóstico terapêutico.
A entorse é muito freqüente em atletas em que o esporte exija movimentos bruscos, de torção e/ou corrida.
As entorses mais comuns são em
inversão do pé, que força a articulação para fora. Neste caso, pode
haver lesão em algum dos ligamentos que ligam a fíbula aos ossos do pé
(talofibular anterior e posterior e calcaneofibular).
Já as entorses em eversão do pé,
quando há uma força do pé para dentro, pode-se afetar o ligamento
deltóide. Essas lesões são mais raras, devido, principalmente a
espessura e resistência desse ligamento. Porém, quando rompido, há uma
maior gravidade e aumenta o tempo de recuperação.
Após um entorse os principais
sinais de alerta são: dor intensa, perda da propriocepção (sensibilidade
ao apoiar o pé), diminuição da movimentação, inchaço e vermelhidão.
Estes indicam grave processo inflamatório e um médico deve ser
procurado.
A gravidade destes traumas é dividida em três diferentes níveis:
- Primeiro nível: estiramento dos ligamentos, mas sem ruptura dos mesmos. Pode haver alguma dor e inchaço;
- Segundo nível: ruptura parcial dos ligamentos e instabilidade articular. Acompanha dor, edema e rigidez articular, de intensidade moderada a severa;
- Terceiro nível: ligamentos totalmente rompidos e grande instabilidade no pé (falta de “firmeza” ao andar).
Em todos os casos é necessário
certo período de repouso, com uso de gelo e compressas. A reabilitação
se faz necessária, principalmente nos casos de nível três, cujos
exercícios de reabilitação podem envolver movimentos ativos dentro da
amplitude de movimento ou movimentos controlados da articulação do
tornozelo, sem resistência. Exercícios na água podem ser usados, caso os
exercícios de fortalecimento em solo, sejam muito dolorosos. Exercícios
de membros inferiores e atividades de endurance são adicionados como
tolerado. Propriocepção é muito importante, pois a falta dela é uma das
principais causas de repetição da entorse e uma articulação do tornozelo
instável. Uma vez que dor cessar, outros exercícios podem ser
adicionados, tais como exercícios de agilidade. O objetivo é aumentar a
força e amplitude de movimento, com o tempo o equilíbrio melhora.
A terapia manual dos casos de
entorse de tornozelo é importante como intervenção precoce para que a
reabilitação evite a intervenção cirúrgica.
Via: Blog Fisioterapia Manual.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
O Poder do Toque
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O Toque é uma das necessidades mais básicas do ser humano e ocorre em
todas as culturas.Ele pode ser usado como método de comunicação e
aprendizado, além de proporcionar conforto e aumento da auto-estima. O
toque é necessário para o crescimento, desenvolvimento e função
imunológica. A criança que recebe o toque, recebe amor. Além disso, foi
comprovado cientificamente que a ausência de toque pode causar barreiras
significativas ao desenvolvimento dos seres humanos e dos animais. Seja
através de carinho, massagem, abraços ou um simples aperto de mão, o
toque está no nosso cotidiano e nem percebemos.
As crianças costumam explorar os objetos levando os à boca para
descobrir sua forma, textura e temperatura. Quando os bebês choram, são
confortados ao serem colocados no colo, acariciados e beijados. Esse
aspecto reconfortante do toque continua na vida adulta. Os adultos usam o
toque para se comunicar, expressar solidariedade.
Foi talvez uma das primeiras formas de tratamento. Tocar para serenar, tocar para aliviar a dor, tocar para encorajar...
Postado por Letícia Martins de Lima. Blog Fisioterapia Pediátrica.
Musicoterapia e Fisioterapia!
A
Musicoterapia objetiva desenvolver potenciais e/ou restabelecer funções
do indivíduo para que ele/ela possa alcançar uma melhor integração
intra e/ou interpessoal e, conseqüentemente, uma melhor qualidade de
vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento.
Muita
gente se beneficia com a música. Entre estas estão incluídas pessoas
com dificuldades motoras, autistas, pacientes com deficiência mental,
paralisia cerebral, dificuldades emocionais, pacientes psiquiátricos,
gestantes e idosos. O trabalho musicoterápico pode ser desenvolvido
dentro de equipas de saúde multidisciplinares, em conjunto com
médicos,fonoaudiólogos, fisioterapeutas e educadores.Também pode ser um
processo autônomo realizado em consultório.
O
uso da música como método terapêutico vem desde o início da história
humana. Alguns dos primeiros registros a esse respeito podem ser
encontrados na obra de filósofos gregos pré-socráticos.O processo da
musicoterapia pode se desenvolver de acordo com vários métodos. Alguns
são receptivos, quando o profissional toca música para o paciente. Este
tipo de sessão normalmente se limita a pacientes com grandes
dificuldades motoras ou em apenas uma parte do tratamento, com objetivos
específicos. Na maior parte dos casos a musicoterapia é ativa, ou seja,
o próprio paciente toca os instrumentos musicais, canta, dança ou
realiza outras atividades junto com o terapeuta. A forma como o
musicoterapeuta interage com os pacientes depende dos objetivos do
trabalho e dos métodos que ele utiliza.
"A
música atinge em cheio o sistema límbico, região do nosso cérebro
responsável pelas emoções, pela motivação e pela afetividade", explica
Maristela Smith, coordenadora da Clínica de Musicoterapia das Faculdades
Metropolitanas Unidas, em São Paulo.Esse é ponto chave da
musicoterapia: um método que usa o passado sonoro para tratar males de
todo tipo.
Na
fisioterapia infantil a musicoterapia só acrescenta. Um sessão se torna
uma "festa" quando se coloca música, ainda mais quando realizada por
profissional qualificado. A criança interage muito mais, os objetivos
fisioterápicos são alcançados mais rápido, além de proporcionar muito
mais prazer. O fato de se colocar música no momento da sessão já
modifica o tônus, os batimentos cardíacos, frequência respiratória entre
outros parâmetros. Quando a fisioterapia e musicoterapia estão juntas
no mesmo momento, quem sai ganhando é o paciente. Os profissionais se
sentem realizados por verem seus resultados. E a família certa de que
está no caminho correto!
Estudos
provam que o cérebro dos músicos tem mais massa cinzenta
particularmente nas regiões responsáveis pela audição, visão e controle
motor. Mesmo aqueles que não tabalham com a música mas que a tem no seu
cotidiano têm estímulos cerebrais bastante intensos nessas áreas. Por
esta razão a fisioterapia motora infanti,l que é justamente a busca pelo
controle motor e aprimoramento do mesmo, se beneficia tanto da
musicoterapia.
Por
todas essas razões, a linguagem musical tem sido apontada como
importantíssima área de conhecimentos a ser trabalhada na Educação
Infantil, ao lado da linguagem oral e escrita, do movimento, das artes
visuais, da matemática e das ciências humanas e naturais.
Se
preocupe com isso! Observe seu filho. Será que ele está ouvindo música
suficiente? Pense no seu paciente. Será que não poderia inserir a música
na sessão?
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segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Fones de ouvido e música alta fazem jovens perder audição cada vez mais cedo, diz especialista
Estudos elaborados por universidades de todo o mundo mostram que a perda
de audição tem se tornado cada vez mais comum entre a população jovem. A
causa? A poluição sonora das ruas, as vozes e ruídos intensos no
trabalho e o mais prejudicial e perigoso: o som alto que sai dos fones
de ouvido conectados ao iPod ou aparelho MP3. De acordo com o
otorrinolaringologista do Hospital Federal da Lagoa/RJ,
Leopoldo Simões, nossos ouvidos são capazes de tolerar, sem danos, no
máximo 80 decibéis por até oito horas diárias. “Ouvir musica com volume
muito alto pode ocasionar perda auditiva em virtude de lesão das
células responsáveis pela audição localizadas na orelha interna. Com o
fone é ainda pior, pois a fonte sonora está mais próxima à parte
interior, ao passo que o som ambiente pode se dissipar”, afirma.
Simões diz que a perda auditiva gradual é comum a partir da terceira e
quarta décadas da vida, tanto por fatores genéticos quanto ambientais.
Com o abuso de tecnologias sonoras, os jovens acabam acelerando esse
processo. Em alguns casos, o prejuízo não pode ser recuperado. “A perda
de audição pode ser reversível dependendo da causa. O reestabelecimento
visa substituir a função da estrutura acometida, fazendo com que a onda
sonora seja transformada em onda elétrica até sua chegada ao córtex
cerebral, onde teremos consciência do som captado no ambiente”,
explica o médico.
Sejam jovens ou com mais idade, todas as pessoas que trabalham com fones
de ouvido – como os atendentes de telemarketing e recepcionistas –
devem ficar atentas à saúde auditiva. “Eles devem fazer rodízio de
orelha a cada 45 minutos ou hora de trabalho, para descanso
alternado.” Também é importante fazer exames de audiometria a cada seis
meses ou anualmente, de acordo com o caso, e evitar ambientes com ruídos
intensos.
O médico afirma ainda que é comum não perceber a perda de audição
imediatamente e que muitas pessoas só descobrem o prejuízo auditivo
quando o quadro está mais agravado. “Normalmente quem está começando a
perder a audição não se queixa. Mas à medida em que o déficit aumenta, o
indivíduo começa a reclamar que as pessoas estão falando baixo e que
não consegue entender o que os outros falam. Na realidade, é a audição
dele que já está em perda, pelo menos moderada.”. Ao perceber qualquer
alteração no ouvido ou na audição, é imprescindível buscar ajuda de um
otorrinolaringologista.
Fonte: Larissa Domingues / Agência Saúde
MAIS MÉDICOS
CRMs só podem exigir documentos estabelecidos pela MP do Mais Médicos
Parecer da presidenta Dilma e da AGU define
que registro dos médicos estrangeiros deve ser emitido a partir da
entrega de diploma, habilitação e declaração de participação no programa
Para emissão de
registro profissional aos participantes do Mais Médicos, os conselhos
regionais de medicina (CRMs) em todo o Brasil só podem exigir os
documentos estabelecidos pela Medida Provisória (MP) 621/2013 que
instituiu o programa. Foi o que determinou o parecer 051/2013, assinado
pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e pelo Advogado-Geral da
União, ministro Luís Inácio Adams, publicado nesta segunda-feira (16) no
Diário Oficial da União. O parecer tem força de lei, e os conselhos que
exigirem documentos extras cometerão ação de improbidade
administrativa, estando sujeitos a ações judiciais.
Conselhos de
diferentes estados do país estavam exigindo informações extras, tais
como: revalidação de diploma, os nomes do tutor e do supervisor e o
endereço das Unidades Básicas de Saúde (UBS) onde os profissionais iriam
atuar. A medida provisória do Programa Mais Médicos estabelece que os
CRMs devem exigir da coordenação do programa a declaração de
participação do profissional; cópia de documentos que comprovem nome,
nacionalidade, data e lugar do nascimento, filiação; habilitação
profissional para o exercício de Medicina e diploma expedido por
instituição de educação superior estrangeira.
Para o ministro
Adams, as exigências dos conselhos regionais têm conteúdo político, não
jurídico nem técnico. “Esta é uma reação política, corporativa, que não
está atenta à necessidade da população brasileira. A finalidade é
impedir o andamento do programa. Qualquer negação de registro é
descabida, indevida e viola a lei. Não podemos aceitar que o programa
seja atacado com medidas postergatórias”, declarou durante coletiva à
imprensa na sede do AGU, em Brasília, nesta segunda-feira (16).
“Por conta
destas exigências, desde o final de agosto nenhum registro provisório
dos 682 médicos participantes do programa foi emitido. E só conseguimos
protocolar 624 pedidos de registro”, afirmou o secretário de Gestão da
Educação e do Trabalho em Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales.
O ministro
Adams afirmou que há por parte dos conselhos tentativa de intimidar os
tutores como se eles fossem solidariamente responsáveis pelos atos
profissionais dos médicos estrangeiros participantes do programa. “É
responsabilidade do médico a prática”, frisou. No entender da AGU, ao
exigirem do médico estrangeiro do nome de tutor ou supervisor, os CRMS
estão se negando a exercer função que é deles, de fiscalizar a atuação
do profissional.“O governo não quer excluir os conselhos do programa, ao
contrário, eles são parte essencial deste processo, tem papel de
fiscalizar a atuação destes profissionais”, esclareceu.
O parecer
publicado nesta segunda-feira (16) também esclarece que os médicos
participantes do programa são responsáveis pelos seus atos
profissionais, conforme determinação do Código de Ética Médica, o que
afasta qualquer responsabilidade subsidiária dos tutores e orientadores
do programa. “Os conselhos profissionais são entidades paraestatais, têm
competência delegada pelo estado. Não são um estado dentro do estado”,
afirmou o ministro Adams.
A norma
assinada pela presidenta Dilma estabelece que os conselhos federal e
regionais de Medicina são entidades de natureza autárquica e exercem
funções delegadas pelo poder público. Dessa forma, estão submetidos aos
princípios que regem a administração pública, isto é, não tem
governabilidade própria.
UFC abre concurso com 45 vagas em diversas áreas
A Universidade Federal do Ceará (UFC) está com inscrições abertas para
concursos visando a contratação de técnicos-administrativos. Ao todo
estão sendo ofertadas 45 vagas distribuídas entre funções dos níveis
fundamental, médio e superior.
O Edital nº 333/2013 está disponibilizando oito vagas nas seguintes
funções: Administrador, Arquivista, Biólogo, Economista, Historiador,
Museólogo, Nutricionista e Técnico em Contabilidade. De acordo com o
edital, todos os postos correspondem a uma vaga cada e são destinadas a
ao Campus de Fortaleza, exceto Administrador e Nutricionista, com
lotação no Campus de Crateús.
Clique AQUI para ler o Edital 333/2013
Já o edital de nº 334/2013 seleciona para os seguintes cargos:
Engenheiro de Teleinformática, Jornalista – Assessoria de Imprensa,
Jornalista – Televisão, Médico – Patologia, Médico Veterinário, Tradutor
Intérprete em Língua Inglesa e Fotógrafo. Para essas funções são
ofertadas uma vaga para cada cargo.
Técnicos de Laboratório nas habilitações em Teleinformática, Microscopia
Eletrônica, Microscopia Óptica, Química e Fertilidade de Solos,
Biotério, Movimento Humano, Eletromecânica, Ótica, Telefonia, Física e
Química, disporão de onze vagas no total.
Para Tradutor e Intérprete de Linguagem de Sinais, Contramestre/Sistemas
Gráficos serão ofertadas um total de 12 vagas. De acordo com o edital,
todas as vagas são lotadas no Campus de Fortaleza, exceto os cargos de
Técnico de Laboratório em Química e Física, destinados ao Campus de
Russas.
Clique AQUI para ler o edital 334/2013.
Para mais informações, ligue para a Divisão de Planejamento e
Movimentação de Pessoal da Progep – fone: (85) 3366 7407 ou clique AQUI e acesse o site da Coordenadoria de Concursos.
Via: Blog Sobral em Revista.
sábado, 21 de setembro de 2013
Inacreditáveis 15 centavos por idoso

É grave a situação de ONGs vítimas do corte de verbas decidido pela
presidenta Dilma Rousseff, depois dos escândalos de convênios nos
ministérios do Turismo e do Trabalho.
Durante a III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, ontem,
em Brasília, a coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, Irmã
Terezinha Torteli (uma das principais continuadoras do trabalho de Zilda
Arns), fez palestra com um relato da situação da ONG.
De 2005 a 2010, o número de idosos dependentes atendidos em 915
municípios por visitas mensais de voluntários passou de 28 mil para 200
mil.
Nesse período, por um dos oito indicadores aferidos pela Pastoral, as
quedas de idosos foram reduzidas em 25%, o que diminui o gasto do
governo na área da Saúde.
Mas, como prêmio, a pastoral viu seu repasse de verbas ser reduzido. Hoje, a Pastoral da Pessoa Idosa recebe inacreditáveis 15 centavos por idoso atendido.
Agora a Pastoral viu essa “fortuna” desaparecer.
- Na Pastoral, um tostão vale um mlihão. Estamos sendo punidos porque outros cometeram erros – diz Irmã Terezinha.
Ela percorreu ontem os gabinetes do Ministério da Saúde na esperança de
receber R$ 3 milhões que seu convênio lhe da direito ainda em 2011. Mas
ouviu que a pasta não tem esse montante para esse fim.
Brasília sedia a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa
Cerca de 900 representantes de todos os estados do Brasil, de 23 a 25 de
novembro, participaram da 3ª Conferência Nacional dos Direitos da
Pessoa Idosa, em Brasília.. Assuntos como o envelhecimento com qualidade
de vida, os avanços e os próximos desafiosda Política Nacional do Idoso
estão sendo debatidos no encontro. Com o tema O Compromisso de Todos por um Envelhecimento Digno no Brasil, a conferência reúne representantes regionais que respondem pelos 21 milhões de idosos em todo o país.
Durante o encontro, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria
do Rosário, assinou um termo de cooperação com a Frente Nacional de
Prefeitos (FNP) que pretende promover a criação dos Conselhos de Direito
dos Idosos e incentivar a implementação de um fundo voltado às
políticas públicas para a população com mais de 60 anos. A campanha de
valorização à pessoa idosa, com destaque para a divulgação das ações do
Disque 100, também foi lançada durante a conferência.
“O Brasil tem avançado muito nos problemas sociais e políticas públicas,
não podemos ter nenhum retrocesso com relação ao tratamento dos idosos,
quanto mais avançarmos, mais velha a nossa população ficará e é um
direito envelhecer com dignidade”, disse a secretária nacional
de Promoção dos Direitos Humanos, Nadini Borges. A secretária
acrescentou ainda a importância da população idosa para os avanços
registrados no país. “Temos muito agradecer”, disse.
Os representantes elaboram ainda uma carta para ser entregue, no
plenário, apresentando problemas específicos de cada região e possíveis
soluções por intermédio do governo federal. “Estamos com uma expectativa
muito grande com relação à entrega do documento, esperamos melhorias e
soluções para os problemas destacados”, disse João Alcântara Teixeira,
68 anos, de Fortaleza (CE).
A primeira Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa ocorreu em
2006 e teve como tema central a discussão Construindo a Rede Nacional de
Proteção e Defesa da Pessoa Idosa. A segunda conferência foi realizada
em 2009 e teve como tema a Avaliação da Rede Nacional de Proteção e
Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa: Avanços e Desafios.
Blog Cuidar de Idoso.
Fonte: http://colunistas.ig.com.br/poderonline/tag/iii-conferencia-nacional-dos-direitos-da-pessoa-idosa/
- See more at: http://www.cuidardeidosos.com.br/inacreditaveis-15-centavos/#sthash.fUPqBorA.dpuf
domingo, 15 de setembro de 2013
Atuação da fisioterapia em cirurgias tóraco pulmonares
O
câncer de pulmão é uma das neoplasias mais freqüentes em todo o mundo,
com altos índices de incidência e mortalidade, sendo no Brasil a segunda
neoplasia maligna mais comum tanto nos homens quanto nas mulheres.
O principal agente envolvido na gênese deste tipo de tumor é o tabaco, sendo que 90% de todas as mortes por câncer de pulmão estão associadas ao tabagismo
A ressecção cirúrgica recomendada para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão consiste em lobectomia ou pneumectomia associada à linfadenectomia mediastinal. Ressecções menores (segmentectomia ou ressecção em cunha) devem ser reservadas para os pacientes com baixa reserva funcional cardiopulmonar.
As cirurgias para ressecção de neoplasias malignas dos pulmões são procedimentos de grande porte e em população de pacientes de risco (idade, tabagismo, comorbidades), por isso as taxas de morbidade chegam a cerca de 30% e a de mortalidade varia de 3% a 6%.
A avaliação da condição cardiopulmonar é fundamental para selecionar os pacientes aptos para este tipo de cirurgia, e em cerca de 20% dos casos a cirurgia chega a ser contra-indicada devido à falta de condição cardiopulmonar adequada para aguentar uma lobectomia ou pneumectomia.
A presença da dor em incisões abdominais e torácicas, depressão do centro respiratório por uso de anestesias e analgésicos; e paralisia temporária dos músculos respiratórios durante a cirurgia torácica causam grandes alterações nos volumes e capacidades respiratórias. Essas alterações são fatores que predispoem à algumas complicações respiratórias.
As principais complicações pós-operatórias são a exacerbação do DPOC ( doença pulmonar obstrutiva crônica), broncoespasmo que é a chiadeira no pulmão, pneumonia (infecção pulmonar) e atelectasia ( fechamento de partes ou do pulmão como um todo) que podem levar à insuficiência respiratória com necessidade de ventilação mecânica artificial.
Outras complicações incluem derrame pleural (acúmulo de líquido no espaço pleural) fístula aérea, que é um escape de ar pela pleura (membrana que reveste o pulmão), embolia pulmonar, ou até mesmo síndrome da Angústia Respiratória do Adulto (SARA) que é caracterizada por uma lesão alveolar difusa e irregular que acarreta uma insuficiência respiratória grave.
As complicações cardíacas podem incluir arritmia cardíaca ou infarto agudo do miocárdio.
Uma rigorosa avaliação pré-operatória, principalmente da função cardiopulmonar, é de fundamental importância para identificar e modificar características determinantes de maior risco e conseqüentemente diminuírem a taxa de complicações no pós-operatório.
Além da adequada avaliação da condição funcional pulmonar,algumas medidas adotadas no pré-operatório são recomendadas com a finalidade de reduzir os riscos de complicações.
A principal delas consiste em se manter a função ventilatória o melhor possível. E é aqui que entram os fisioterapeutas.
A fisioterapia respiratória pode ser feita antes e depois da cirurgia.
Já é comprovado cientificamente o efeito terapêutico da fisioterapia respiratória, principalmente no efeito reexpansivo do pulmão e de higiene bronquica.
A intervenção fisioterápica tanto pré quanto pós-operatória hospitalar auxilia a manter os pulmões bem ventilados, auxilia na remoção de secreções prevenindo pneumonias, propiciando assim uma recuperação em um menor tempo.
Se a dor pós operatória for intensa, a fisioterapia também dispõe de técnicas de relaxamento e a eletroterapia pode ser considerada para analgesia.
Em uma fase mais tardia, já de alta do hospital, é recomendado a Reabilitação Pulmonar, onde exercícios para os membros, exercícios aeróbicos e ventilatórios ajudam o paciente a adequar-se a sua nova função pulmonar.
O principal agente envolvido na gênese deste tipo de tumor é o tabaco, sendo que 90% de todas as mortes por câncer de pulmão estão associadas ao tabagismo
A ressecção cirúrgica recomendada para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão consiste em lobectomia ou pneumectomia associada à linfadenectomia mediastinal. Ressecções menores (segmentectomia ou ressecção em cunha) devem ser reservadas para os pacientes com baixa reserva funcional cardiopulmonar.
As cirurgias para ressecção de neoplasias malignas dos pulmões são procedimentos de grande porte e em população de pacientes de risco (idade, tabagismo, comorbidades), por isso as taxas de morbidade chegam a cerca de 30% e a de mortalidade varia de 3% a 6%.
A avaliação da condição cardiopulmonar é fundamental para selecionar os pacientes aptos para este tipo de cirurgia, e em cerca de 20% dos casos a cirurgia chega a ser contra-indicada devido à falta de condição cardiopulmonar adequada para aguentar uma lobectomia ou pneumectomia.
A presença da dor em incisões abdominais e torácicas, depressão do centro respiratório por uso de anestesias e analgésicos; e paralisia temporária dos músculos respiratórios durante a cirurgia torácica causam grandes alterações nos volumes e capacidades respiratórias. Essas alterações são fatores que predispoem à algumas complicações respiratórias.
As principais complicações pós-operatórias são a exacerbação do DPOC ( doença pulmonar obstrutiva crônica), broncoespasmo que é a chiadeira no pulmão, pneumonia (infecção pulmonar) e atelectasia ( fechamento de partes ou do pulmão como um todo) que podem levar à insuficiência respiratória com necessidade de ventilação mecânica artificial.
Outras complicações incluem derrame pleural (acúmulo de líquido no espaço pleural) fístula aérea, que é um escape de ar pela pleura (membrana que reveste o pulmão), embolia pulmonar, ou até mesmo síndrome da Angústia Respiratória do Adulto (SARA) que é caracterizada por uma lesão alveolar difusa e irregular que acarreta uma insuficiência respiratória grave.
As complicações cardíacas podem incluir arritmia cardíaca ou infarto agudo do miocárdio.
Uma rigorosa avaliação pré-operatória, principalmente da função cardiopulmonar, é de fundamental importância para identificar e modificar características determinantes de maior risco e conseqüentemente diminuírem a taxa de complicações no pós-operatório.
Além da adequada avaliação da condição funcional pulmonar,algumas medidas adotadas no pré-operatório são recomendadas com a finalidade de reduzir os riscos de complicações.
A principal delas consiste em se manter a função ventilatória o melhor possível. E é aqui que entram os fisioterapeutas.
A fisioterapia respiratória pode ser feita antes e depois da cirurgia.
Já é comprovado cientificamente o efeito terapêutico da fisioterapia respiratória, principalmente no efeito reexpansivo do pulmão e de higiene bronquica.
A intervenção fisioterápica tanto pré quanto pós-operatória hospitalar auxilia a manter os pulmões bem ventilados, auxilia na remoção de secreções prevenindo pneumonias, propiciando assim uma recuperação em um menor tempo.
Se a dor pós operatória for intensa, a fisioterapia também dispõe de técnicas de relaxamento e a eletroterapia pode ser considerada para analgesia.
Em uma fase mais tardia, já de alta do hospital, é recomendado a Reabilitação Pulmonar, onde exercícios para os membros, exercícios aeróbicos e ventilatórios ajudam o paciente a adequar-se a sua nova função pulmonar.
Jaqueline Munaretto Timm Baiocchi
Especialista em Fisioterapia Onco-funcional pela ABFO-COFFITO
Especialista em Fisioterapia Oncológica e Hospitalar pela FAP- Hospital do Câncer A.C Camargo
Formação Internacional pelo Método Vodder –EUA
Especialista em linfoterapia
Especialista em Saúde da Mulher pela FSP-USP
Especialista em Acupuntura pelo CBES
Especialista em Fisioterapia Respiratória e UTI pela FAP- Hospital do Câncer A.C. Camargo
Fisioterapeuta coordenadora do Oncofisio
Especialista em Fisioterapia Onco-funcional pela ABFO-COFFITO
Especialista em Fisioterapia Oncológica e Hospitalar pela FAP- Hospital do Câncer A.C Camargo
Formação Internacional pelo Método Vodder –EUA
Especialista em linfoterapia
Especialista em Saúde da Mulher pela FSP-USP
Especialista em Acupuntura pelo CBES
Especialista em Fisioterapia Respiratória e UTI pela FAP- Hospital do Câncer A.C. Camargo
Fisioterapeuta coordenadora do Oncofisio
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Oportunidade de Trabalho
O Serviço de Recursos Humanos da Santa Casa de Misericórdia de Sobral
está selecionando para contratação, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem.
As inscrições são gratuitas, e os interessados deverão enviar currículos
até o dia 17 de setembro de 2013, online, através do e-mail
institucional rh@stacasa.com.br, enviando o título da vaga.
Os candidatos receberão um e-mail de confirmação de inscrição que deverá ser entregue na primeira fase da seleção.
O processo seletivo estará aberto a candidatos, com idade mínima de 18
anos, que estejam inscritos e regulares com o Conselho Regional de
Enfermagem – COREN.
Via Blog: Sobral em Revista.
Novo superintendente da Santa Casa de Sobral já teve problemas com a justiça acusado de desviar R$ 1,8 milhão
Chamou bastante a atenção do blogueiro, o nome do novo superintendente
da Santa Casa de Sobral, Dr. Ivá da Paz Monteiro. Nome familiar, mas que
não recordava de onde. Querendo saber, fui ao Google. Ao digitar seu
nome deparo-me com uma matéria do Blog O Nocaute, escrito pelo
radialista Irapuan Monteiro.
Ivá da Paz Monteiro é um ex-vereador de Fortaleza, que teve problemas
com a Justiça, acusado pelo desvio de R$ 1,8 milhão da Secretaria de
Educação do Estado, apontado por duas comissões parlamentares de
inquérito. A maracutaia aconteceu quando Ivá dirigia uma entidade de
escolas particulares.
Eis um trecho da matéria do jornal Diário do Nordeste, de 5 de março de 2002, que trata do caso:
“O Tribunal de Contas do Estado – TEC decidiu, mais uma vez, pedir
novos esclarecimentos sobre o processo de denúncia contra o convênio de
1996, sem licitação, entre a secretaria de Educação e a Copece para
fornecimento de bolsas de estudo nas escolas particulares. O processo é
de 1997 e o TCE está tentando quantificar o prejuízo que o ex-vereador,
Ivá da Paz Monteiro, teria dado ao Estado.”
Quem é Iva Monteiro
Cearense natural de Itapajé, IVÁ DA PAZ MONTEIRO, 50 anos
Ex-Seminárista; Professor ( graduado em padagogia e direito); Diretor
Proprietário do Colégio São Paulo, Ex-presidente do sindicato das
escolas particulares do Ceará (3 mandatos); Ex-Vereador de Fortaleza;
Cronista esportivo.
OBS: O texto acima foi escrito pelo próprio Ivá Monteiro, em um Blog que mantinha no ano de 2008. Para ver também, cliqueAQUI
OBS: O texto acima foi escrito pelo próprio Ivá Monteiro, em um Blog que mantinha no ano de 2008. Para ver também, cliqueAQUI
A Opinião do Blogueiro
Será que em Sobral, cidade com mais de 200 mil habitantes, não há
pessoas habilitadas, com competência e credibilidade para administrar a
Santa Casa? De quem foi à indicação dos novos gestores? Será que não
tiveram o cuidado de pesquisar o currículo dos novos diretores? Ficam as
perguntas. Aguardam-se as respostas.
Via Blog: Sobral em Revista.
sábado, 7 de setembro de 2013
Entorse do Tornozelo e Instabilidade Ligamentar
Entorses Grau 1:
Entorses Grau 2:
Entorses Grau 3:
O que é a entorse do tornozelo ?
A entorse do tornozelo é a lesão ligamentar mais comum em esportistas.
Também pode ocorrer durante a atividade de andar, correr ou saltar.
Representa 25 % de todas as queixas ortopédicas, ocorrendo uma lesão por
dia para cada 10.000 pessoas, isto é, 18.000 entorses por dia ou 750
entorses por hora no Brasil.
O movimento forçado do tornozelo e do pé para dentro, em direção à linha
média do corpo, ultrapassando o limite de resistência dos ligamentos,
resulta em danos a estas estruturas. Cerca de 90% das lesões ocorrem
desta maneira, pela inversão forçada do tornozelo.
A lesão mais comum é a ruptura parcial ou total dos ligamentos e da
cápsula articular lateral do tornozelo, o chamado complexo ligamentar
lateral.
A estrutura mais frágil e mais freqüentemente lesada é o ligamento talofibular anterior (LTFA).
Quais os ligamentos e estruturas estão envolvidos na entorse do tornozelo ?
O tornozelo é uma estrutura que deve ser estável e ao mesmo tempo
flexível para permitir que os movimentos do pé sejam precisos e tenham
força suficiente para impulsionar o corpo e absorver os impactos contra o
solo.
A sua configuração óssea lembra uma pinça, onde o tálus encaixa-se entre
a fíbula e a tíbia e é envolto por uma cápsula espessa e dois complexos
ligamentares, um lateral e outro medial.
Existem três ligamentos que formam o complexo ligamentar lateral do
tornozelo. O ligamento talofibular anterior, o calcâneofibular e o
talofibular posterior. Os mais importantes e envolvidos na entorse são
os ligamentos talofibular anterior (LTFA) e ligamento calcâneofibular
(LCF). Raramente ocorre ruptura do ligamento talofibular posterior
(LTFP).
O complexo ligamentar medial é formado pelo ligamento deltóide, que possui duas camadas, uma superficial e uma profunda.
Outras estruturas estão presentes e fazem parte da estabilização do
tornozelo, mas são mais raramente acometidas. São elas: os ligamentos
tibiofibular anterior e posterior, o retináculo inferior, o ligamento
cervical e o ligamento talocalcaneano.
O que pode ser lesado em uma entorse do tornozelo ?
O mesmo mecanismo de torção e as forças envolvidas em uma entorse podem
produzir uma fratura do tornozelo ou lesões da cartilagem de
revestimento da articulação.
O hematoma (sangramento) e edema (inchaço) são comuns depois de qualquer entorse.
Quando ocorre sangramento dentro da articulação (derrame articular),
isto pode levar à inflamação crônica dos tecidos moles do tornozelo e é
conhecida como sinovite.
Além disso, a lesão da parede interna da cápsula articular pode formar
uma cicatriz que permanece no interior da articulação do tornozelo e
pode interpor-se entre os ossos, causando dor e sensação de
instabilidade.
Mais raramente, uma lesão dos tendões fibulares pode ocasionar o
deslocamento de sua posição normal atrás da fíbula, uma condição
conhecida como subluxação dos tendões fibulares.
Lesões nervosas não são comuns, mas pode-se observar certo formigamento e
perda da sensibilidade na porção lateral do pé (parestesia) por
estiramento do nervo fibular superficial. Essa perda da sensibilidade é
rara e normalmente é transitória.
Quais sintomas após uma entorse de tornozelo ?
Os sintomas iniciais são: dor, inchaço e hematoma, que podem afetar os
dois lados da articulação, dependendo das estruturas acometidas.
A dor intensa ao toque e a impossibilidade de firmar o pé no chão ou de
apoiar o peso depois de uma entorse, requer uma avaliação médica
imediata e exames de raio X.
Cerca de 80 % das lesões evoluem com resultados satisfatórios após
tratamento conservador, porém, 20 % dos pacientes referem dor residual e
lesões associadas que impossibilitam suas atividades normais diárias.
Esses sintomas residuais e a dor crônica após a lesão ligamentar do
tornozelo representam grandes dificuldades e um desafio para qualquer
ortopedista.
Como é feito o diagnóstico de uma entorse de tornozelo ?
O diagnóstico baseia-se no relato da história do paciente, no exame
físico, nos sinais e sintomas encontrados e pelo estudo radiológico do
pé e tornozelo.
No exame físico, a palpação é importante para localizarmos pontos
dolorosos e avaliar a extensão das lesões. Existem testes que podem
auxiliar na classificação, indicar a presença de instabilidade
ligamentar e de lesões associadas.
Também é importante excluir possíveis fraturas com o exame de raio X,
principalmente se há dor intensa e impossibilidade de apoiar o pé no
solo.
Como são classificadas as entorses do tornozelo ?
Considerando as lesões ligamentares do complexo lateral, podemos classificá-las em três graus.
Grau 1 (Lesão leve) – Estiramento e ruptura de algumas fibras internas dos ligamentos
Dor e inchaço discreto. Tornozelo estável mecanicamente
Grau 2 (Lesão Moderada) – Ruptura parcial dos ligamentos
Dor, hematoma e inchaço. Tornozelo com certa instabilidade anterior
Grau 3 (Lesão Grave) – Ruptura completa dos ligamentos
Dor intensa, hematoma e grande inchaço. Tornozelo instável e com incapacidade funcional
Como é o tratamento para a entorse do tornozelo ?
A metodologia de tratamento das entorses ainda é um assunto bastante discutido e não totalmente estabelecido.
Uma abordagem prática é o tratamento das lesões ligamentares laterais
baseado na classificação utilizando-se a reabilitação funcional:
Entorses Grau 1:
Pode-se utilizar tala gessada, bota imobilizadora ou imobilizador tipo
“air-cast” por 1 ou 2 semanas. Lesões leves podem ser tratadas
funcionalmente com imobilização elástica. Indica-se repouso, uso de
gelo, antiinflamatórios e elevação do membro para aliviar os sintomas. A
fisioterapia acelera areabilitação a partir da 2ª ou 3ª semana após a
lesão.
Entorses Grau 2:
Tratamento semelhante ao grau 1 com prolongamento do tempo de
imobilização por até 3 semanas. O período de cicatrização, de
recuperação e de reabilitação é mais prolongado. A fisioterapia tem
papel importante para o completo resultado funcional.
Entorses Grau 3:
O tempo de imobilização pode chegar até 4 semanas. O período de
cicatrização, de recuperação e reabilitação é longo. Existe maior
possibilidade de ocorrer lesões associadas e complicações com sintomas
residuais tardios.
O tratamento cirúrgico é reservado para casos selecionados em atletas e
lesões com grande instabilidade e abertura da pinça articular.
Como é a reabilitação funcional após entorse de tornozelo ?
A reabilitação funcional é um programa supervisionado com três fases básicas de tratamento.
1ª Fase – Repouso,
elevação do tornozelo, gelo, antiinflamatório e imobilização, se
possível tipo “air-cast” ou bota imobilizadora. Esta fase dura até a
melhora da dor e do inchaço, geralmente 1 ou 2 semanas.
2ª Fase – Fisioterapia
motora supervisionada para melhorar o movimento do tornozelo, aumentar a
força e a estabilidade dos músculos. Nesta fase inicia-se o apoio e o
treino de marcha. Métodos analgésicos podem ser usados
concomitantemente.
3ª Fase – Intensifica-se
o treino de força e de propriocepção. Se o paciente sentir-se seguro e
confiante é realizada a reintrodução das atividades laborais e
desportivas.
O que é esperado após a entorse de tornozelo ?
Em seis semanas após entorse de tornozelo deve-se esperar 90% de bons
resultados e o retorno a um bom nível de função. No entanto, é possível
que existam alguns sintomas residuais de dor ou instabilidade da
articulação do tornozelo.
Mesmo após seis meses há ainda uma chance de 20 a 30 % dos pacientes
sofrerem com algum grau de desconforto ou leve instabilidade da
articulação.
Como é a avaliação dos sintomas tardios ?
A avaliação dos sintomas residuais (dor, inchaço e instabilidade) após
três meses de entorse do tornozelo, com tratamento e reabilitação
adequados, é feita através da avaliação da queixa do paciente, do exame
físico e da realização do exame de ressonância nuclear magnética.
Este exame auxilia no diagnóstico de defeitos da cartilagem articular
(lesões osteocondrais), aderências e cicatrizes internas dolorosas e
inflamadas como sendo a fonte dos sintomas tardios.
A sinovite, a lesão meniscóide e as lesões de cartilagem são as causas mais comuns de dor crônica após entorses de tornozelo.
A instabilidade crônica ocasiona entorses de repetição do tornozelo, em
intervalos variados e de diferentes graus, ocorrendo mesmo em terrenos
planos e não necessariamente associada à prática de esporte.
Como é feito o tratamento das lesões tardias ?
A instabilidade após o entorse (entorses de repetição) é uma queixa muito comum após o tratamento da lesão ligamentar.
Normalmente está associada à falta de reabilitação, como reforço
muscular e melhora da propriocepção. A propriocepção é a capacidade de
resposta muscular automática que auxilia no equilíbrio e na estabilidade
da articulação. Ela ajuda a evitar ou conter o estiramento e a ruptura
ligamentar do tornozelo durante o mecanismo de entorse. Por isso, deve
ser trabalhada e estimulada após qualquer lesão ligamentar, pois há uma
perda importante desse mecanismo de proteção.
A correção dos déficits de força, flexibilidade e propriocepção são
suficientes, na maioria das vezes, para estabilizar e evitar as entorses
de repetição.
O tratamento cirúrgico da instabilidade é indicado quando não houve
melhora com a reabilitação motora. Pacientes jovens, atletas ou com
grande atividade física diária podem se beneficiar com o reparo e o
retencionamento dos ligamentos laterais.
A técnica mais comumente empregada é chamada de Bröstrom Modificada,
onde os ligamentos lesionados são retencionados e reinseridos ao osso,
juntamente com um reforço do retináculo (banda ligamentar que segura os
tendões).
A sinovite crônica, a lesão meniscóide e as lesões de cartilagem –
lesões condrais – sintomáticas podem ser tratadas atualmente através da
realização da artroscopia do tornozelo, uma técnica minimamente invasiva
que permite avaliar a articulação internamente e tratar as lesões
utilizando câmera de vídeo e instrumentos específicos (ver “Artroscopia
do Tornozelo”)
Dr. Silvio Maffi
Fisioterapia no Câncer de Mama
Via: oncofisio
A
fisioterapia desempenha um papel imprescindível na abordagem das
pacientes mastectomizadas. Independente do tipo de cirurgia de mama, a
fisioterapia precoce tem como objetivos prevenir complicações, promover
adequada recuperação funcional e conseqüentemente, propiciar melhor
qualidade de vida às mulheres submetidas à cirurgia para tratamento de
câncer de mama
O programa de fisioterapia deve ser realizado em todas as fases do câncer da mama: pré-tratamento (diagnóstico e avaliação); durante o tratamento (quimioterapia, radioterapia, cirurgia, e hormonioterapia); após o tratamento (período de seguimento); na recidiva da doença e nos cuidados paliativos. Em cada uma dessas fases, é necessário conhecer e identificar as necessidades do paciente, os sintomas e suas causas e o impacto desses nas atividades de vida diária.
Deve ser instituído tratamento fisioterapêutico sempre que necessário, visando minimizar e prevenir as possíveis seqüelas.
Pré operatório
A atuação do fisioterapeuta pode ser iniciada no pré-operatório, objetivando conhecer as alterações pré-existentes e identificar os possíveis fatores de risco para as complicações pós-operatórias. Nesse momento as pacientes tem oportunidade de falar sobre suas ansiedades, tirar duvidas sobre curativos, pontos e movimentação do braço. Ainda no pré operatório, a notícia sobre a doença e intervenção cirúrgica, leva à paciente insconscientemente adotar posturas de tensão muscular na região do pescoço e ombros. Por isso nessa fase já é importante que o fisioterapeuta avalie a presença de alterações posturais e tensionais, avalie a força muscular dos braços e sua amplitude de movimento e oriente a paciente como será o acompanhamento no pós operatório e as possíveis complicações.
Pós operatório
O pós operatório é marcado por dificuldade na movimentação do braço e do ombro e por dor. A paciente terá dificuldade de encostar a mão na nuca, vestir suas blusas, escovar os cabelos, abotoar o sutiã. Essa limitação é causada pela dor ocasionada devido à tração da pele e dos músculos da axila, do tórax e do braço e devido à manipulação cirúrgica. Poderão aparecer sensações de peso nos braços, formigamento, queimação ou dormência.
O objetivo da fisioterapia é restabelecer brevemente a função de braço, prevenir complicações respiratórias, diminuir a dor e prevenir a formação de linfedema, cicatrizes, fibroses e aderências. Para isto você deve seguir corretamente as orientações fornecidas pelo seu fisioterapeuta e realizar os exercícios propostos por ele.
O pós-operatório imediato é o período logo após o término da cirurgia, nessa fase objetiva-se identificar alterações neurológicas ocorridas durante o ato operatório, presença de sintomatologias álgicas, edema precoce e alterações na dinâmica respiratória. O fisioterapeuta irá orientá-la a posicionar o braço na cama com o auxílio de travesseiros e já iniciam-se alguns exercícios leves para o braço e exercícios respiratórios. Nessa fase os exercícios respiratórios são muito importantes, eles te ajudarão a recuperar a função pulmonar e prevenir complicações respiratórias. Nessa fase ainda, o fisioterapeuta lhe ensinará a fazer a automassagem, que é uma drenagem linfatica que você mesmo fará no seu corpo e ajudará a prevenir a presença de inchaço no braço.
Até o 15º dia após a cirurgia, provavelmente você ainda estará com o dreno aspirativo e com os pontos, portanto você não deve levantar o braço acima de 90º para que a ferida operatória não abra. Se não houver complicações pós operatórias em alguns dias você estará de alta hospitalar, e irá para casa com os pontos e com os drenos, não se esqueça que os cuidados e a automassagem devem continuar sendo feitos em casa.
Após o 15º dia de operação, sem complicações pós operatórias, serão retirados alguns pontos e o dreno. A movimentação total dos braços agora será liberada. Essa é a fase em que você será encaminhada para o consultório de fisioterapia. Alguns lugares oferecem tratamento em grupo. Serão realizados exercícios de alongamento, exercícios para ganho de força muscular e amplitude de movimento e técnicas de drenagem linfática.
A reabilitação precoce pós mastectomia proporciona ganhos na movimentação do braço, previne aderências e deformidades. O breve restabelecimento funcional do ombro e braço darão condições para você prosseguir com o seu tratamento.
Via: oncofisio
O programa de fisioterapia deve ser realizado em todas as fases do câncer da mama: pré-tratamento (diagnóstico e avaliação); durante o tratamento (quimioterapia, radioterapia, cirurgia, e hormonioterapia); após o tratamento (período de seguimento); na recidiva da doença e nos cuidados paliativos. Em cada uma dessas fases, é necessário conhecer e identificar as necessidades do paciente, os sintomas e suas causas e o impacto desses nas atividades de vida diária.
Deve ser instituído tratamento fisioterapêutico sempre que necessário, visando minimizar e prevenir as possíveis seqüelas.
Pré operatório
A atuação do fisioterapeuta pode ser iniciada no pré-operatório, objetivando conhecer as alterações pré-existentes e identificar os possíveis fatores de risco para as complicações pós-operatórias. Nesse momento as pacientes tem oportunidade de falar sobre suas ansiedades, tirar duvidas sobre curativos, pontos e movimentação do braço. Ainda no pré operatório, a notícia sobre a doença e intervenção cirúrgica, leva à paciente insconscientemente adotar posturas de tensão muscular na região do pescoço e ombros. Por isso nessa fase já é importante que o fisioterapeuta avalie a presença de alterações posturais e tensionais, avalie a força muscular dos braços e sua amplitude de movimento e oriente a paciente como será o acompanhamento no pós operatório e as possíveis complicações.
Pós operatório
O pós operatório é marcado por dificuldade na movimentação do braço e do ombro e por dor. A paciente terá dificuldade de encostar a mão na nuca, vestir suas blusas, escovar os cabelos, abotoar o sutiã. Essa limitação é causada pela dor ocasionada devido à tração da pele e dos músculos da axila, do tórax e do braço e devido à manipulação cirúrgica. Poderão aparecer sensações de peso nos braços, formigamento, queimação ou dormência.
O objetivo da fisioterapia é restabelecer brevemente a função de braço, prevenir complicações respiratórias, diminuir a dor e prevenir a formação de linfedema, cicatrizes, fibroses e aderências. Para isto você deve seguir corretamente as orientações fornecidas pelo seu fisioterapeuta e realizar os exercícios propostos por ele.
O pós-operatório imediato é o período logo após o término da cirurgia, nessa fase objetiva-se identificar alterações neurológicas ocorridas durante o ato operatório, presença de sintomatologias álgicas, edema precoce e alterações na dinâmica respiratória. O fisioterapeuta irá orientá-la a posicionar o braço na cama com o auxílio de travesseiros e já iniciam-se alguns exercícios leves para o braço e exercícios respiratórios. Nessa fase os exercícios respiratórios são muito importantes, eles te ajudarão a recuperar a função pulmonar e prevenir complicações respiratórias. Nessa fase ainda, o fisioterapeuta lhe ensinará a fazer a automassagem, que é uma drenagem linfatica que você mesmo fará no seu corpo e ajudará a prevenir a presença de inchaço no braço.
Até o 15º dia após a cirurgia, provavelmente você ainda estará com o dreno aspirativo e com os pontos, portanto você não deve levantar o braço acima de 90º para que a ferida operatória não abra. Se não houver complicações pós operatórias em alguns dias você estará de alta hospitalar, e irá para casa com os pontos e com os drenos, não se esqueça que os cuidados e a automassagem devem continuar sendo feitos em casa.
Após o 15º dia de operação, sem complicações pós operatórias, serão retirados alguns pontos e o dreno. A movimentação total dos braços agora será liberada. Essa é a fase em que você será encaminhada para o consultório de fisioterapia. Alguns lugares oferecem tratamento em grupo. Serão realizados exercícios de alongamento, exercícios para ganho de força muscular e amplitude de movimento e técnicas de drenagem linfática.
A reabilitação precoce pós mastectomia proporciona ganhos na movimentação do braço, previne aderências e deformidades. O breve restabelecimento funcional do ombro e braço darão condições para você prosseguir com o seu tratamento.
Jaqueline Munaretto Timm Baiocchi
Especialista em Fisioterapia Onco-funcional pela ABFO-COFFITO
Especialista em Fisioterapia Oncológica e Hospitalar pela FAP- Hospital do Câncer A.C Camargo
Formação Internacional pelo Método Vodder –EUA
Especialista em linfoterapia
Especialista em Saúde da Mulher pela FSP-USP
Especialista em Acupuntura pelo CBES
Especialista em Fisioterapia Respiratória e UTI pela FAP- Hospital do Câncer A.C. Camargo
Fisioterapeuta coordenadora do Oncofisio
Especialista em Fisioterapia Onco-funcional pela ABFO-COFFITO
Especialista em Fisioterapia Oncológica e Hospitalar pela FAP- Hospital do Câncer A.C Camargo
Formação Internacional pelo Método Vodder –EUA
Especialista em linfoterapia
Especialista em Saúde da Mulher pela FSP-USP
Especialista em Acupuntura pelo CBES
Especialista em Fisioterapia Respiratória e UTI pela FAP- Hospital do Câncer A.C. Camargo
Fisioterapeuta coordenadora do Oncofisio
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR (DTM) E DOR FACIAL
Disfunções
têmporo-mandibulares no sentido amplo é uma afecção resultante do
funcionamento anormal da musculatura mastigação, da articulação
têmporo-mandibular (ATM), estruturas associadas ou ambas na região
buço-facial ou cervical.
Ela pode promover dores de cabeça ou pescoço, ruídos articulares
(estalos), zumbidos ou plenitude no ouvido, travamento ao abrir ou
fechar a boca, limitação de abertura bucal, desgaste nos dentes e
dificuldades na mastigação. Pode modificar características
psicossomáticas do indivíduo reduzindo a sua qualidade de vida.
Considerações gerais
A DTM está relacionada principalmente a hábitos parafuncionais como o
apertamento e/ou rangido dental, traumas na cabeça ou pescoço,
má-postura, mordida instável, má-oclusão e stress emocional. A etiologia
das DTM é multifatorial incluindo a oclusão bucal, disfunções da
articulação, fatores neuromusculares e psicogênicos. Logo é importante
identificar quais os fatores envolvidos em cada paciente, devendo estar
em mente que a articulação temporo-mandibular uma articulação complexa,
com várias estruturas que podem desencadear a dor. Assim o atendimento
dessa afecção por uma equipe multiprofissional, que inclua médico,
dentista, fisioterapeuta, psicólogo e fonoaudiólogo. As DTM são
consideradas na atualidade um sub-grupo de disfunções músculo
esqueléticas, tendo afecções reumatológicas entre as suas causas.
Aspectos envolvidos
Trauma: microtraumas causados por lesões pequenas e repetitivas devido a
contatos oclusais instáveis; entretanto também ocorrem macrotraumas
devido a lesões da coluna cervical (hiperextensão e flexão), golpes na
mandíbula e na face. É importante salientar que determinados
procedimentos que requerem grande esforço na extensão dos ligamentos e
da cápsula articular durante uma cirurgia bucal prolongada, intubação
orotraqueal (anestesia geral), são responsáveis por 30% dos casos de
DTM. Nem todos os pacientes que sofrem um trauma na coluna cervical
apresentam complicações importantes na ATM, porém outros que sofreram
lesões mínimas negligenciadas na articulação devido a fortes sintomas
cervicais podam desenvolver desordens pós-traumáticas ou ainda cefaléia
crônica. Saúde geral: estudos recentes relataram que pacientes com DTM
apresentam queixas clínicas mais exuberantes e utiliza maior quantidade
de medicamentos. Estatísticas mostram que 66% dos indivíduos com
cefaléia recorrente apresentam um tipo miogênico ou artrogêno de DTM,
sendo que na maioria dos pacientes a busca da cura sempre foi à cefaléia
e não a ATM, ou seja, curar os sintomas e não a causa. Doenças
reumáticas: estas podem acometer as ATM e entre as mesmas temos a
artrite reumatóide do adulto e juvenil, fibromialgia, dor miofascial,
osteoartrose etc... Fatores psicológicos: aspectos comportamentais são
fortemente associados a DTM predispondo e mantendo os sintomas. Não
existe descrição de uma “personalidade das DTM”, porém o componente
psicológico associado é parte importante da abordagem multiprofissional,
sendo essencial ao seu tratamento. A maioria dos pacientes com DTM tem
maior ansiedade e depressão, portanto possuem uma personalidade mais
vulnerável ao estresse. A combinação de disfunções musculares e
articulares freqüentemente está presente no paciente com DTM. Os fatores
neuromusculares, anatômicos e comportamentais atuam em conjunto para o
desenvolvimento destes distúrbios mastigatórios.
Diagnóstico
O diagnóstico das DTMS é basicamente clínico e, requer serem levados em
consideração três fatores predisponentes: Sistêmicos: personalidade e
comportamento Estruturais: discrepâncias faciais, de oclusão,
tratamento dentário e estruturas articulares inadequadas. Traumáticos:
micro e macrotraumas e ainda devido a sobrecarga articular (hábitos
parafuncionais). Entre os fatores que promovem a manutenção do quadro
doloroso temos as tensões mecânicas e musculares, distúrbios metabólicos
e principalmente as dificuldades sócio-emocionais. É realizado com base
na história clínica, antecedentes pessoais, exame clínico geral e do
aparelho locomotor bem como a avaliação da ATM, sendo em alguns casos
realizados exames subsidiários como: radiografias, tomografias
computadorizadas, ressonância magnética além da eletromiografia dos
músculos da mastigação.
Tratamento
É bastante conservador e deverá ser personalizado, com condutas
específicas para cada paciente. A maioria dos casos é tratada pela
promoção do repouso do sistema através de placas estabilizadoras
oclusais, medicamentos, dietas específicas, exercícios fisioterápicos,
compressas, técnicas de relaxamento, além da aquisição de hábitos
saudáveis. Em alguns casos, utilizados o laser e o tens como terapia
auxiliar. A intervenção cirúrgica necessária em raríssimos casos.
fonte:http://www.portaldacoluna.com.br/conteudo.asp?IdMenu=10
Artrite Reumatóide
O que é?
A
Artrite Reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica que pode
afetar várias articulações. A causa é desconhecida e acomete as mulheres
duas vezes mais do que os homens. Inicia-se geralmente entre 30 e 40
anos e sua incidência aumenta com a idade.
Quais são os sintomas?
Os sintomas
mais comuns são os da artrite (dor, edema, calor e vermelhidão) em
qualquer articulação do corpo sobretudo mãos e punhos. O comprometimento
da coluna lombar e dorsal é raro mas a coluna cervical é frequentemente
envolvida. As articulações inflamadas provocam rigidez matinal, fadiga e
com a progressão da doença, há destruição da cartilagem articular e os
pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para realização
de suas atividades tanto de vida diária como profissional. As
deformidades mais comuns ocorrem em articulações periféricas como os
dedos em pescoço de cisne, dedos em botoeira, desvio ulnar e hálux valgo
(joanete).
Além das articulações outros podem ser acometidos?
Sim, porém
menos comumente outros órgãos ou tecidos como a pele, unhas, músculos,
rins, coração, pulmão, sistema nervoso, olhos e sangue podem apresentar
alterações. A chamada Síndrome de Felty (aumento do baço, dos gânglios
linfáticos e queda dos glóbulos brancos em paciente com a forma crônica
da AR) também pode ocorrer.
Como é feito o diagnóstico?
Segundo
o Colégio Americano de Reumatologia o diagnóstico de artrite
reumatóide é feito quando pelo menos 4 dos seguintes critérios estão
presentes por pelo menos 6 semanas:
1. Rigidez articular matinal durando pelo menos 1 hora
2. Artrite em pelo menos três áreas articulares
3.Artrite de articulações das mãos: punhos, interfalangeanas
proximais (articulação do meio dos dedos) e metacarpofalangeanas (entre
os dedos e mão)
4. Artrite simétrica (por exemplo no punho esquerdo e no direito)
5. Presença de nódulos reumatóides
6. Presença de Fator Reumatóide no sangue
7. Alterações radiográficas: erosões articulares ou descalcificações localizadas em radiografias de mãos e punhos.
O diagnóstico
precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais para o
controle da atividade da doença, prevenção da incapacidade funcional e
lesão articular e o retorno ao estilo de vida normal do paciente o mais
rapidamente possível.
Quais os exames devem ser feitos?
Apenas o médico
especialista pode avaliar quais exames devem ser solicitados a cada
paciente. Na avaliação laboratorial o fator reumatóide pode ser
encontrado em cerca de 75% dos casos já no início da doença. Anticorpos
contra filagrina/profilagrina e anticorpos contra peptídio citrulinado
cíclico (PCC) são encontrados nas fases mais precoces da doença mas
apresentam um custo maior. As provas de atividade inflamatória como o
VHS e a proteína C reativa correlacionam-se com a atividade da doença.
Exames de imagem como radiografias, ultrassonografias, tomografias,
ressonância, etc podem ser solicitados pelo médico reumatologista após a
avaliação de cada quadro clínico individualmente.
Como é o tratamento?
O
tratamento medicamentoso vai variar de acordo com o estágio da doença,
sua atividade e gravidade, devendo ser mais agressivo quanto mais
agressiva for a doença. Os antiinflamatórios são a base do tratamento
seguidos de corticóides para as fases agudas e drogas modificadoras do
curso da doença, a maior parte delas imunossupressoras. Mais
recentemente os agentes imunobiológicos passaram a compor as opções
terapêuticas. O tratamento com antiinflamatórios deve ser mantido
enquanto se observar sinais inflamatórios ou o paciente apresentar dores
articulares. O uso de drogas modificadoras do curso da doença deve ser
mantido indefinidamente. O tratamento medicamentoso é sempre
individualizado e modificado conforme a resposta de cada doente. Em
alguns pacientes há indicação de tratamento cirúrgico, dentre eles
cita-se a sinovectomia para sinovite persistente e resistente ao
tratamento conservador, artrodese, artroplastias totais, etc.
Fisioterapia e
terapia ocupacional contribuem para que o paciente possa continuar a
exercer as atividades da vida diária. A proteção articular deve garantir
o fortalecimento da musculatura periarticular e adequado programa de
flexibilidade, evitando o excesso de movimento. O condicionamento
físico, envolvendo atividade aeróbica, exercícios resistidos,
alongamento e relaxamento, deve ser estimulado observando-se os
critérios de tolerância de cada paciente.
E o acompanhamento médico?
Na
artrite reumatóide, assim como em várias outras doenças reumáticas
crônicas, o seguimento pelo médico reumatologista é imprescindível e
deve ser contínuo. Os intervalos entre as consultas variam de paciente
para paciente. Em alguns casos avaliações mensais são necessárias
enquanto em outros casos, com doenças de menor gravidade ou controladas,
intervalos maiores entre as consultas podem ser estabelecidos. Exames
de acompanhamento são feitos com freqüência para avaliar a atividade da
doença e efeitos colaterais das medicações. Apenas o médico pode
diminuir ou aumentar a dose das medicações, modificar o tratamento
quando necessário ou indicar a terapia de reabilitação mas adequada a
cada caso.
Atualizado em julho de 2008.
Fonte: Sociedade Brasileira de Reumatologia, acessado em: 4/9/13.
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