Mais Médicos: 33% dos municípios do país já se inscreveram
Até
segunda-feira (22), 1.874das 5.564 cidades brasileiras aderiram ao
programa. Desses, 671 estão entre os municípios prioritários. As
inscrições seguem abertas até 25 de julho
O Programa Mais
Médicos registrou 1.874 municípios inscritos em todo o país até esta
segunda-feira (22). O número equivale a 33% do total de 5.564 municípios
brasileiros. Entre os 1.290 municípios prioritários, 671 já aderiram.
As inscrições seguem abertas até 25 de julho, à meia-noite.
Todos os
municípios do país podem aderir ao programa. Porém, os médicos serão
encaminhados prioritariamente para municípios e regiões metropolitanas
com alta vulnerabilidade social ou Distritos Sanitários Especiais
Indígenas que tiverem se inscrito no programa.
Nesta semana,
autoridades do governo federal percorreram todas as regiões do país, se
reunindo com prefeitos e secretários de Saúde, para mobilizar os
municípios a participarem do Mais Médicos. O Ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, e outros representantes do ministério estiveram em
Salvador (BA), Montes Claros (MG), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE),
Recife (PE), São Paulo (SP), Belém (PA), Manaus (AM) e São Luís (MA). No
Maranhão, Padilha contou com o apoio do ministro do Turismo, Gastão
Vieira. A ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres,
Eleonora Menicucci, esteve em Curitiba (PR) e em Porto Alegre (RS)
divulgando o programa.
“O Mais Médicos
vai ajudar a fortalecer a atenção básica, que é capaz de resolver 80%
dos problemas de saúde sem a necessidade de recorrer a um hospital. E o
que faz diferença no atendimento à população é o médico presente na
unidade básica de saúde perto de casa. Não se faz saúde sem bons
profissionais”, esclarece o ministro.
Lançado pela
presidenta da República Dilma Rousseff no dia 8, o Programa Mais Médicos
faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do
Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo de acelerar os investimentos
em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número
de médicos nas regiões carentes do país, como os municípios do interior e
as periferias das grandes cidades.
Em todo o
país, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação estão investindo
R$ 15 bilhões até 2014 na infraestrutura da rede pública de Saúde. Deste
montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818
hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil
unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção,
reforma e ampliação de unidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões
para 14 hospitais universitários.
O Programa Mais
Médicos prevê, também, a criação de 11,5 mil novas vagas de Medicina e
12 mil de residência em todo o país, além do aprimoramento da formação
médica no Brasil com a inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em
que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
DIAGNÓSTICO – O
programa Mais Médicos é um estímulo para a ida de médicos para os
municípios do interior e para as periferias das grandes cidades, onde é
maior a carência por este serviço. O Brasil tem oferta desta mão-de-obra
menor que países como Argentina, México, Inglaterra, Portugal e
Espanha.
Do ponto de
vista regional, a situação é mais crítica: 22 estados estão abaixo da
média nacional, sendo que cinco têm menos de um médico para cada grupo
de mil habitantes.
INSCRIÇÕES -As inscrições no Mais Médicos podem ser feitas pelo site do Ministério da Saúde, www.saude.gov.br.
No cadastro, os prefeitos e secretários de saúde devem indicar as
unidades básicas de saúde de suas regiões em que há falta de médicos. No
dia 26, será publicado o total de vagas existentes em cada cidade
inscrita. E, até dia 28, os médicos brasileiros inscritos no programa
poderão escolher o município onde querem atuar.
Em 1º de agosto
será divulgada a relação de profissionais com registro profissional no
Brasil que terão de homologar a participação e assinar um termo de
compromisso até 3 de agosto. Dois dias depois, as escolhas serão
validadas no Diário Oficial da União. As vagas remanescentes serão
divulgadas em 6 de agosto. O processo de escolha nesta segunda etapa vai
até 8 do mesmo mês e os resultados serão publicados em 13 de agosto.
Os
profissionais que atuarão no programa receberão bolsa federal de R$ 10
mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão
especialização em atenção básica durante os três anos do programa. Os
municípios ficarão responsáveis por garantir moradia e alimentação aos
médicos, além de ter de acessar recursos do ministério para construção,
reforma e ampliação das unidades básicas.
A prioridade nas vagas será de médicos brasileiros, e somente as que não forem preenchidas serão oferecidas aos estrangeiros.