terça-feira, 8 de outubro de 2013

O homem precisa cuidar mais de si

Diário do Nordeste, 16/7/13

Conhecer a própria saúde é vital, mas são poucos os que fazem o acompanhamento urológico anual
A maturidade provoca mudanças que independem de gêneros. Apesar das mulheres serem alvos de alertas para cuidados com a saúde, os homens também precisam fazer o mesmo. Mas não é bem o que ocorre atualmente, segundo pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em parceria com a Bayer.

Para realizá-la, foram entrevistados cinco mil homens residentes em seis capitais brasileiras com idades variadas: até 40 anos (37%), de 41 a 50 anos (27%), de 51 a 60 anos (17%), de 61 a 70 anos (10%), acima dos 70 anos (9%). O objetivo foi avaliar o conhecimento masculino sobre a própria saúde, especialmente na idade adulta e na maturidade.

Na intimidade
Antes dos resultados, é preciso saber que andropausa é a redução acentuada na produção de testosterona (hormônio masculino) em idosos. Apesar de fazer parte da fase da vida de todo homem, apenas 37% deles sabem do que se trata, enquanto 63% não conhecem o significado real do termo.

Apesar do desconhecimento, a maioria deles afirma ter algum dos sintomas próprios desta fase da vida: aumento da circunferência abdominal (31%); diminuição de pelos e alterações na pele (17%); problemas emocionais como depressão, ansiedade e irritabilidade (17%); queda no desempenho físico e mental (15%); redução do desejo sexual (11%) e ausência ou diminuição de ereções espontâneas no período da manhã (9%).

A falta de intimidade com a própria saúde é uma realidade alarmante. Segundo a pesquisa, 44% dos entrevistados nunca se consultaram com o urologista, 47% deles nunca realizaram exames para detectar o câncer de próstata, enquanto 51% desconhecem os exames para aferir os níveis de testosterona no sangue.

Papel do urologista
Diferente do que se pensa, o urologista deve acompanhar o crescimento do homem ao longo da vida, sendo o profissional de saúde que mais atende as suas necessidades de informação, desde a infância até a maturidade.

"Podemos tratar desde a fimose, na infância, e acompanhar o paciente em todas as etapas, ajudando-o a lidar com a própria sexualidade e a contornar problemas como doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), hiperplasia prostática benigna, câncer de próstata, incontinência urinária e distúrbios androgênicos do envelhecimento masculino", explica Aguinaldo Cesar Nardi, presidente da SBU.

O médico acrescenta que a conscientização sobre os cuidados com a saúde masculina seria disseminada se houvesse acesso a urologistas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). "Esta é uma luta da Sociedade Brasileira de Urologia junto ao Ministério da Saúde, pois existem poucos Centros de Saúde do Homem com atendimento na rede pública de saúde", ressalta.

Diante desses dados, Nardi é enfático quanto aos benefícios à saúde do paciente em reconhecer os sinais e buscar um especialista. "A redução do hormônio masculino interfere nos volumes da massa muscular e óssea, na cognição e no raciocínio, além de reduzir a libido dos homens, causando problemas de ereção. A perda de massa óssea aumenta o risco de fratura", diz.

Conforme a pesquisa, divulgada por ocasião do Dia do Homem (15/07), apenas 24% dos homens entrevistados sabem que existe o tratamento para reposição hormonal, indicado para controlar os níveis de testosterona no organismo.

Tendo em vista a importância da conscientização sobre os cuidados com a saúde masculina, o site Bayer para Homens (site http://www.bayerparahomens.com.br/) oferece orientações sobre as doenças, os transtornos e os sintomas que podem acometê-los, além de informações sobre a relação de exames de acordo com a faixa etária.